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sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

"Não foi acidente" / Leandro Pontes (foto )

Não foi acidente

Ao ingressarmos na cadeia ouvíamos o coro geral: “Clareou!” Esta era a senha para que tudo o que não pudesse aparecer no documentário fosse escondido
Policiais retiram corpos do Compaj (Foto: Marcio Silva / AFP)
Leandro Pontes, O Globo
Manaus não tá assim porque o crime ainda não se organizou como no Rio. Mas a tendência é ficar desse jeito. Porque se os caras não se ligarem no que tá acontecendo aqui em Manaus hoje, em dez anos vai ficar pior ou igual do que no Rio.’
Em 2007, há exatos dez anos, eu e o João Áureo Lins, então estudantes da PUC-Rio, fizemos um documentário nas penitenciárias de Manaus. Foram quatro meses visitando a Cadeia Pública Raimundo Vidal e o Complexo Penitenciário Anísio Jobim, ouvindo histórias como a de cima.
Inicialmente, tínhamos a pretensão de gerar uma reflexão sobre a vida sem liberdade, mas nosso trabalho ganhou novos significados a partir de uma rebelião, considerada à época a mais sangrenta do Amazonas, com duas mortes.
Estava tudo ali, nas entrevistas: o sistema se deteriorava a cada dia. A pedra fundamental da recente barbárie no Compaj fora lançada pelos próprios detentos que nos contavam a organização do crime no Amazonas e sua sofisticação para superar as facções de Rio e São Paulo. Alguns falavam deste movimento com brilho nos olhos.
Ao mesmo tempo, num edifício construído em meio a uma densa mata, o Compaj permitia quase uma experiência na selva, pelos mil pássaros que se ouvem na floresta ao redor. Ali dentro, testemunhei detentos produzindo artesanato para sustentar suas famílias, aulas de Inglês, de música, prática de esportes e, pasmem, a organização de um mutirão semanal para doar toda a dispensa do almoço de sexta-feira para caridade.
E foi numa refeição com os detentos que conseguimos estabelecer uma relação de confiança mútua para que eles entendessem os objetivos do documentário e colaborassem.
Arroz, feijão, paio, linguiça e, para cimentar toda a xepa, não poderia faltar a farofa, iguaria que sintetiza na mesa uma cena bem brasileira. Nesse almoço, eu ouvi pela primeira vez os detentos usarem a expressão “lá no Brasil...”, para se referir aos acontecimentos do Sul e Sudeste.
Nessas conversas, era proibido o uso de palavrões, de acordo com uma placa afixada na parede do refeitório, ao lado de belas pinturas da selva amazônica. Naquele país chamado Compaj, não falar palavrão me parecia um símbolo da tentativa de manutenção da paz no cárcere.
Não houve sequer um dia em que ingressamos na cadeia sem ouvir o coro geral: “Clareou!” Esta era a senha para que tudo o que não pudesse aparecer no documentário fosse escondido, incluindo armas e drogas. Mas quando se deu a rebelião do dia 24 de Setembro de 2007, o sistema penitenciário de Manaus finalmente se revelou. O representante dos presos no Compaj, que sempre nos recebeu de forma cortês, monossilábica e quase gentil, seria acusado de chefiar o tráfico de drogas no Amazonas dali de dentro e, por consequência, foi enviado para o presídio federal de segurança máxima, no Mato Grosso do Sul, onde estava Fernandinho Beira-Mar.
Além disto, o diretor-geral do Compaj, vejam só, também ficou foragido e acabou sendo preso dias depois. Contra ele pesavam as acusações de associação com os criminosos, exploração sexual no presídio e facilitação de saídas noturnas, usadas para presos cometerem crimes.
Lembro do padre Guillermo Cadorna, conselheiro espiritual de nossas incursões. Foi um sopro de esperança que trouxe este missionário colombiano até a Amazônia para se engajar nesta guerra civil que, mesmo nós, não temos clareza se é contra o bandido, a polícia ou as drogas. Ainda prevalece no Brasil a crença do “bandido bom é bandido morto", e o governo parece acreditar que a solução são mais presídios. O que vi no Compaj e na cadeia pública foi a falta total de políticas públicas para os presos.
Talvez Nelson Mandela estivesse certo quando disse que “ninguém conhece verdadeiramente uma nação até que tenha estado dentro de suas prisões". Moro na França há alguns anos e, talvez pela distância, percebo que o Compaj diz muito sobre o Brasil. Já dizia há dez anos, mas ninguém queria ouvir.
Policiais retiram corpos do Compaj (Foto: Marcio Silva / AFP)

Humor de Antonio Lucena ...


Arte de Antonio Lucena

Charge (Foto: Antonio Lucena)

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

'" Feras não podem se humanizar, mas o contrário não é verdadeiro. "


CRIA CUERVOS

por Percival Puggina. Artigo publicado em 


 Quando as imagens do massacre de Manaus me caíram diante dos olhos, lembrei-me do ditado espanhol - "Cria cuervos y te sacarán los ojos". Naquelas cenas reiteravam o quanto é pueril supor que há perversidades inacessíveis ao homem. Não há. Feras não podem se humanizar, mas o contrário não é verdadeiro. E quando acontece, a ferocidade se potencializa pela aplicação da inteligência ao mal.
 Muitas vezes, algo que parece nascido da boa intenção, tornando quase impossível ser percebido de modo diverso, acaba prestando extraordinário serviço ao mal e a seus objetivos. Pondere o que aconteceu com a sociedade brasileira, em avassaladora proporção, nas últimas décadas. Para tal fim, seja seu próprio instituto de pesquisa. Examine suas experiências de vida e as informações que lhe chegam de variadas fontes e modos. Tenho certeza de que acabará concluindo que a nação passou da quota na quantidade de maus cidadãos, de patifes, mentirosos, velhacos, corruptos, traiçoeiros e dirigentes de igual perfil, cujas decisões põem a ética e o bem de cabeça para baixo.
O que se constata nessa observação ligeira, mas suficiente, não é causa de si mesma em circuito fechado, mas consequência de uma atitude pedagógica aparentemente generosa, que concede liberdade sem responsabilidade, direitos sem deveres, prêmios sem méritos, amor sem exigências, educação sem restrição. E tolera a falta sem punição e o crime sem pena.
Temos recebido doses maciças disso nas famílias, nas salas de aula, nas relações sociais, no trabalho e na política. Então, prezado leitor destas poucas linhas, se lhe ocorre, ao lê-las, a ideia de que os cuervos a que me refiro estão enjaulados nas penitenciárias do Brasil, crocitando e executando sentenças de morte, ali mesmo ou nas nossas ruas e estradas, você se enganou. É ao criatório que me refiro. Ele está por toda parte, está aí na volta, combatendo a polícia, rindo da lei, declarando a morte da instituição familiar, chamando bandido de herói e herói de bandido, fazendo novelas de TV, ridicularizando a virtude, aplaudindo o vício, enxotando a religião, desautorizando quem educa ou usando a Educação para fazer política e relativizando a vida (aconteceu o que, em Manaus e Roraima, que não ocorra diariamente, com tesouras e pinças, em salas de aborto?).
Há cuervos que não se apresentam como tal.
Não estou afirmando que as pautas da violência se esgotem nestas que menciono. Estou dizendo, isto sim, que o crime e a violência avançam, inclusive, por motivação política e ideológica. E estou reafirmando, mais uma vez, que consciências ou se formam ou se deformam. Há no Brasil um evidente empenho em criar seres humanos com consciência de corvos.
________________________________
* Percival Puggina (72), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

50 jogadores de basquete da NBA que mais receberam de seus times durante suas carreiras....

http://www.pressroomvip.com/g/os-mais-ricos-jogadores-da-nba-de-todos-os-tempos/41/?ipp=1&utm_source=taboola&utm_medium=noticiasbrasilonline&utm_content=RichestNBABRDesktop&utm_campaign=340136noticiasbrasilonline&utm_term=A+conta+banc%C3%A1ria+do+Michael+Jordan+ir%C3%A1+chocar+voc%C3%AA

Michael Jordan
Um bilhão de dólares em sua carreira

Magic Johnson
500 milhões de dólares

Shaquille O' Neal
350 milhões de dólares

LeBron James
270 milhões de dólares e continua jogando...

Kobe Briant
260 milhões de dólares 

Hakeem Olajuwon
200 milhões de dólares


Tem mais 44 jogadores entre os 50 da lista que começa com
15 milhões de dólares


Charge de Chico Caruso

A charge de Chico Caruso

Charge (Foto: Chico Caruso)

Charge de Miguel no blog de Ricardo Noblat

A charge de Miguel

Charge (Foto: Miguel)

Frases ...dentro do Palácio do Planalto... ( O nível do Parlamento é ruim, Sebastião )

FRASE DO DIA
Se a secretaria não resolve, então a Casa Civil vai ter que resolver. Se eu não for recebido ainda hoje, vou chutar a porta dos gabinetes!
DEPUTADO FEDERAL FRANCISCO FLORIANO

DEM-RJ, QUE RECLAMOU AOS BERROS DENTRO DO PALÁCIO DO PLANALTO DA 

LENTIDÃO DO GOVERNO EM NOMEAR UM PROTEGIDO DELE PARA UM CARGO PÚBLICO

Charge do Paixão no blog do Josias

Charge do Paixão






Selfie!

Josias de Souza
01/2017 00:34

– Charge do Paixão, via Gazeta do Povo.



quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

"Bandido bom é só o da literatura...." / Mary Zaidan

Quanta barbaridade

Intolerância  (Foto: Arquivo Google)
Símbolos da falência do Estado, os massacres nos presídios de Manaus e Boa Vista, com quase nove dezenas de mortos, expõem outra barbaridade: apoios explícitos à matança.
E não só de irresponsáveis ou anônimos nas redes sociais. Nesse estágio de brutal incivilidade se enquadram o ex-secretário nacional de Juventude, Bruno Júlio, para quem o melhor seria “uma chacina por semana”, e seus apoiadores de primeira hora, os deputados Fernando Francischini (SD-PR) e Newton Cardoso Júnior (PMDB-MG).
Bruno Moreira Santos, transformado em Bruno Júlio por ser filho do deputado estadual mineiro Cabo Júlio, sempre foi um garoto problema. Seus antecedentes -- duas investigações por agressão a ex-mulheres e uma por assédio sexual a uma funcionária – deveriam ter impedido o presidente Michel Temer de nomeá-lo. Teria evitado um fecho tão nojento e deletério para uma semana em que seu governo só perdeu.
Temer, que demorou a reagir, e quando o fez foi impróprio e infeliz ao classificar a carnificina como “acidente pavoroso”, permitiu que seu governo colecionasse equívocos. A começar pelos graves tropeços do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, useiro e vezeiro em meter os pés pelas mãos. Desta vez, primeiro disse que a governadora de Roraima, Suely Campos, não pedira ajuda federal, tendo de voltar atrás ao ser confrontado com os ofícios em contrário emitidos por ela.
Tudo que Temer não precisava era de Bruno Júlio e suas declarações pró-morticínio.
E vieram do PMDB, partido do presidente, as defesas mais ardentes dos pontos de vista do ex-secretário de Juventude.
Por mineiridade e proximidade, Newton Cardoso Júnior, filho do ex-governador mineiro Newtão, envolvido em várias denúncias de corrupção, disse que Bruno Júlio teve a “coragem de expressar a opinião e a indignação da maioria dos brasileiros”. Ex-secretário de Segurança do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), Francischini foi categórico: a sociedade aplaude quando bandido mata bandido.
O mais grave é que a maior parte da população crê mesmo que “bandido bom é bandido morto”. Pesquisa Datafolha para o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgada em novembro de 2016 dentro do 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, aponta que 57% dos brasileiros concordam com a afirmativa, percentual que sobe para 62% nas cidades com menos de 50 mil habitantes.
Fruto provável da associação da exploração e da ausência do Estado, que cobra muito em impostos e nada ou quase nada devolve, e das curvas crescentes de criminalidade, o resultado da pesquisa traduz a descrença do cidadão no governo – em qualquer um, e em todas as esferas.
Mas, ao concordar com a premissa populista de morte ao bandido, esses parlamentares e outros da bancada da bala até podem agradar à plateia, mas prestam um gigantesco desserviço aos que dizem representar. Acirram o descrédito na cidadania, aguçam a violência, propagandeiam a medieval justiça com as próprias mãos, jogam a sociedade no colo das organizações criminosas.
A precariedade do sistema prisional brasileiro, seja nas instalações físicas, equipamentos e pessoal, seja nas estruturas de polícia e de Justiça, que não conseguem investigar, concluir inquéritos e processar em tempo razoável, não é culpa deste  governo (de apenas cinco meses) ou exclusiva de um ou de outro. É de todos. Do Estado e da sociedade que só se atentam para o problema quando ele explode.
E ambos parecem só enxergar alternativas imediatistas – construir mais presídios, aumentar a segurança dos cárceres, discutir pena de morte.
Parecem não entender o que já foi testado e aprovado mundo afora. Nem prender mais nem matar mais pode solucionar o que só se resolve com o educar mais, principal matriz das nações desenvolvidas (e civilizadas).
Bandido bom é só o da literatura.

O Brasil necessita de psiquiatra com urgência e não de políticos corruptos

Lula diz que o lugar de Sergio Moro é na CADEIA! E ainda disse que será eleito por mais 8 anos em 2018


Lugar de Sergio Moro é na cadeia, e em 2018 serei eleito por mais 8 anos, afirmou Lula
O ex-presidente Lula decidiu processar o juiz da Lava Jato, Sérgio Moro.  os advogados do petista, da mulher dele, Letícia, e dos filhos, ingressaram no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), em Porto Alegre, com ‘queixa-crime subsidiária contra o agente público federal Sérgio Fernando Moro, em virtude da prática de abuso de autoridade’. 
A defesa de Lula pede a condenação de Moro nas penas previstas no artigo 6.º. da Lei 4.898/65, ‘que pune o abuso de autoridade com detenção de dez dias a seis meses, além de outras sanções civis e administrativas, inclusive a suspensão do cargo e até mesmo a demissão’.

Lula é réu de Moro em ação penal sobre o apartamento triplex no Guarujá. A Procuradoria da República afirma que o petista recebeu R$ 3,7 milhões em propinas da OAS.

Lula afirma que vai assumir o cargo de presidente em 2018, e que pretende acabar com a corrupção no Brasil em seus próximos 8 anos de Presidente.

Segundo o presidente, o País não está dividido. “É natural que, depois de 12 anos de poder, haja aqui ou ali uma resistência ao partido”, afirmou. “Se é verdade que tivemos a maior quantidade de votos no Norte e no Nordeste. Também é verdade que ganhamos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Não acredito nessa divisão. Os dois candidatos foram votados no Brasil inteiro, mas a nossa foi a mais votada”, ressaltou.

Rui Falcão disse que o segundo mandato de Lula foi melhor que o primeiro e Dilma, seguindo o exemplo de seu antecessor, deve fazer um mandato melhor a partir de 2016. Uma forma de melhorar o governo petista, segundo o presidente, seria ampliando o diálogo com a sociedade. 

Porém, quando perguntado se o PSB – partido que levou Marina Silva à candidatura à Presidência da República – poderia ser uma ponte de diálogo entre o PSDB e o PT, devido a uma evidente polarização entre os partidos, o presidente petista disse que não acredita nesse elo. “Não vejo necessidade de pacificar o País dessa forma”, disse, ressaltando que haverá um maior diálogo entre os partidos, mesmo sem uma ponte. 

Será que Lula quer bagunçar o Brasil outra vez...? / Ordem Brasil






Lula começa a convocar MST nesta quarta-feira


O ex-presidente Lula chega a Salvador na manhã desta quarta-feira (11) para participar da abertura do 29º Encontro Estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Bahia, que será acontecerá no Parque de Exposições, na Avenida Paralela.
À tarde, Lula se reunirá com o governador Rui Costa (PT) e com o coordenador executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Bahia, Jaques Wagner.

Vai convocar os baderneiros para defende-lo nas ruas outra vez ?