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sexta-feira, 1 de abril de 2016

A intensa e extravagante abstinência de Ética do PT em pouco mais de uma década 'quebrou' moralmente O Brasil

BRASIL

Incêndio atinge escritório da ex-contadora de Youssef em São Paulo

Ao site de VEJA, Meire disse acreditar que o incêndio pode ter sido uma retaliação por ela ter entregado documentos que comprometem envolvidos no petrolão

Por: Laryssa Borges, de Brasília01/04/2016 às 12:26 - Atualizado em 01/04/2016 às 12:35

A contadora do doleiro Alberto Youssef Meire Poza(Jefferson Coppola/VEJA)

Um incêndio na noite desta quinta-feira atingiu o escritório de Meire Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo. Peça central no quebra-cabeças da Operação Lava Jato, Meire foi responsável por detalhar a VEJA, com exclusividade, a contabilidade paralela do principal operador do mega esquema de corrupção instalado na Petrobras. Ela sofreu pressões ao longo das investigações e tentativas claras de intimidação de empreiteiros investigados na Lava Jato.

Ao site de VEJA, a contadora disse acreditar que o incêndio pode ter sido "vingança" por ela ter apresentado documentos cabais contra corruptos e corruptores que atuaram no escândalo do petrolão. Em junho de 2014, por exemplo, ela entregou o contrato de mútuo (tipo de empréstimo) com os detalhes do repasse de cerca de 6 milhões de reais ao empresário Ronan Maria Pinto. Pinto foi preso nesta sexta-feira na 27ª fase da Operação Lava Jato.

LEIA MAIS:

Lava Jato: PF prende ex-secretário-geral do PT e empresário ligado a caso Celso Daniel

"O incêndio foi ontem à noite e eu soube hoje de manhã. Está tudo interditado. Não sei dizer se foi criminoso, mas se for pensar pelo lado da vingança, pensaria que, sim, é possível que tenha sido vingança", disse ela ao site de VEJA.

Conforme revelou VEJA em 2012, o publicitário e operador do mensalão Marcos Valério revelou em depoimento à Procuradoria-Geral da República que Ronan Maria Pinto, um empresário ligado ao antigo prefeito, estava chantageando o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para não envolver seu nome e o do ex-presidente Lula na morte do ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel, em 2002. Segundo os investigadores da Operação Lava Jato, pelo menos metade do empréstimo fictício contraído junto ao Banco Schahin acabou desaguando nos bolsos de Ronan.

Para a viabilização do esquema de pagamentos do empréstimo forjado ao PT, o dinheiro saiu de José Carlos Bumlai para o Frigorifico Bertin, que, por sua vez, repassou cerca de 6 milhões de reais a um empresário do Rio de Janeiro. Na sequência, ele fez transferências diretas para a Expresso Nova Santo André, empresa de ônibus controlada por Ronan Maria Pinto. Outras pessoas físicas e jurídicas indicadas pelo empresário para recebimento de valores, como o jornal Diário do Grande ABC, também foram usados para camuflar a transação.

Mais um discurso infeliz da presidente diante de artistas nacionals


31/03/2016
 às 17:34 \ Direto ao Ponto

A presidente que erra até conta que se aprende no jardim da infância merece ser cassada por insuficiência mental

“Eu acredito que sou talvez a única governante que tenha tido várias vezes as contas vistas e revistas, porque comigo não basta aprovar uma vez”, desandou Dilma Rousseff na discurseira para artistas que batem palmas para a presidente com muito mais frequência do que ouvem aplausos das plateias minguantes. “É necessário talvez aprovar duas ou três, o que é bastante interessante, é uma matemática política muito, mas muito estranha”, completou a governante que mente como quem respira.
A presença do talvez nas duas frases avisa que até o neurônio solitário anda duvidando das coisas que diz. Mas a clientela do Bolsa Cultura crê em qualquer coisa que garanta a mesada federal. Essa turma topa acreditar, por exemplo, que a aplicação de normas constitucionais regulamentadas pelo Supremo Tribunal Federal é golpe. Erra feio. Mas acerta quando berra que não vai ter golpe. O que vai ter é impeachment. Ou a cassação da chapa Dilma-Temer, que se reelegeu por ter aplicado o golpe do estelionato eleitoral.
As contas de Dilma nunca foram vistas e revistas: foram é rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União. (Há outras, ainda sob o escrutínio dos investigadores da Lava Jato.)  “Matemática política” é a inventada pelos espertalhões que tentaram esconder com pedaladas fiscais criminosas o tamanho do buraco escavado pela corrupção, pela incompetência e pela irresponsabilidade. “Muito estranha” é a aritmética que transforma prejuízo em lucro, rombo em superávit e menos em mais.
Mais estranho ainda é constatar que o Brasil é presidido há mais de cinco anos por uma nulidade incapaz de fazer contas de jardim de infância. Revejam o vídeo famoso. Quem acha que 13 menos 4 é igual a sete merece ser cassada por insuficiência mental.

Humor de Sponholz no blog de Aluizio Amorim

Sponholz: 1º de Abril, Dia de São Lula.


Mais uma versão para sua aversão sobre Política / Helena Chagas

POLÍTICA

De moedas e trocas

Moeda de troca (Foto: Arquivo Google)
No subtexto de tudo o que está sendo dito, negociado e noticiado sobre a possibilidade de impeachment e de substituição da presidente Dilma Rousseff pelo vice Michel Temer está a pergunta que não quer calar: um eventual governo Temer terá condições de frear ou, ao menos, atenuar o ímpeto da Lava Jato? Ainda não se sabe a resposta, mas ela – ou as suposições que se fazem em torno dela – terá importância crucial na votação do impeachment num Congresso cheio de acusados.
Afinal, acima e além das barganhas em torno de cargos e outros brindes, está a Lava Jato. Mais do que ter um ministério ou uma diretoria de estatal, quem está ou pode estar nela quer salvar a própria pele e escapar da cadeia. A esta altura, para muita gente, a sobrevivência é a principal moeda de troca.
Incomodado com rumores sobre um hipotético “acordão” em que prometeria salvar cabeças políticas em troca de apoio ao impeachment, o próprio Temer aproveitou almoço com empresários nesta quinta para desmentir qualquer “operação abafa”. Disse que é um constitucionalista e que respeita as instituições. Afiançou que a Lava Jato continua se ele virar presidente.
Disso ninguém duvida, e não se imagina o vice, uma vez investido na presidência, dando ordens para suspender operações, amarrando a Policia Federal e tentando interferir em instituições independentes como o Ministério Público. Nada em sua longa vida pública como jurista e político autoriza tal previsão. 
Nessa mesma vida pública, porém, o professor de Direito Constitucional Michel Temer construiu um perfil que junta habilidade política a bom trânsito junto a instâncias do Judiciário, Ministério Público e instituições da área jurídica, incluindo o STF.  E há uma longa distância entre tentar abafar ostensivamente uma operação midiática como a Lava Jato e fazer articulações discretas e pontuais para reduzir seu ritmo, atenuar efeitos e tornar seus lances menos drásticos e dramáticos.
É isso o que, segundo alguns, Temer pode fazer. Conseguindo aprovar o impeachment pela Câmara e sua autorização pelo Senado, o vice assumiria o governo provisoriamente e teria o prazo de 180 dias que o Senado pode levar para julgar a presidente para um test drive. Se mostrar serviço e operar uma pacificação em torno da Lava Jato, teria grandes chances de ver o Senado de Renan Calheiros e outros condenar a presidente da República e ficar de vez na cadeira.
Teria lá seus argumentos junto ao Judiciário e a outras instituições envolvidas na investigação: o país não aguenta mais sangrar a reboque das surpresas da crise política, a economia necessita de reformas urgentes e inadiáveis, é preciso recuperar a confiança interna e externa e mostrar que há governo.
Se a página da Lava Jato, com seus sobressaltos diários, não for virada, dificilmente haverá Legislativo para levar esses planos adiante. Afinal, os acusados na Câmara e no Senado estão, em muitos casos, no topo da hierarquia parlamentar – aquela que comanda votos, sessões, presenças e ausências, inclusive na votação do impeachment.   
Apesar das negativas, portanto, a possibilidade de redução na voltagem da Lava Jato é hoje a barganha das barganhas, a mãe de todos os acordos: entrega a cabeça da presidente da República e de mais alguns próceres do Legislativo – possivelmente, a do presidente da Câmara, Eduardo Cunha – e o pessoal da Lava Jato dá uma trégua, passa a trabalhar mais devagar e com menos estardalhaço. Os demais acusados, a maioria com foro no STF, ganham no mínimo tempo. Talvez muito tempo.
Como, na atual crise, um dia é da caça e outro do caçador, e a verdade que se tem de manhã nunca é a mesma da noite, é difícil prever o que vai acontecer. A semana que começou emparedando o governo com o rompimento do PMDB termina bem mais amena para o Planalto, com a divisão dos peemedebistas, a aproximação com PP, PR e outros partidos menores, a farta distribuição de cargos e mais uma manifestação a seu favor nas ruas. Impossível dizer hoje se vai ou não haver impeachment.
O certo é que qualquer negociação envolvendo a mais midiática operação policial e judicial da história do pais terá que ser combinada com os russos. E, diferentemente do que se pensava, os russos não estão mais morando em Curitiba. Espalharam-se pelo Brasil inteiro.

Frase do dia no blog de Ricardo Noblat

FRASE DO DIA
Perto de cair, o ex-presidente Fernando Collor montou um ministério de notáveis. A presidente Dilma monta um de notórios.
DEPUTADO RAUL JULGMAN, PPS-PE

A extraordinária Brasília e seus luxos...serve de abrigo provisório para Lula

POLÍTICA

O confortável bunker de Lula

O apartamento e a sala já passaram por vistorias contra grampos ambientais ou telefônicos
Bunker de Lula (Foto: Royal Tulip Alvorada)
Ricardo Noblat        Bunker de Lula (Foto: Royal Tulip Alvorada)
Quando Lula chegou a Brasília para tomar posse como Ministro-Chefe da Casa Civil da presidência da República, assessores de Dilma pensaram em hospedá-lo na Granja do Torto.
Como presidente, Lula preferia a Granja do Torto a qualquer outra residência oficial. Ali podia pescar, como gosta, e preservar mais sua intimidade.
Viu-se a tempo que a Granja do Torto não poderia ser destinada a um ministro. Haveria outra casa para Lula, dessa vez na área nobre do Lago Sul.
Mas logo Lula foi impedido pela Justiça de exercer o cargo de ministro. E o jeito foi hospedá-lo em um hotel, por enquanto.
É no Royal Tulip Brasilia Alvorada que Lula opera como assessor informal de Dilma. O hotel é vizinho do Palácio do Alvorada.
Fora seu apartamento, que por ora não se sabe quem paga, ele costuma se reunir em uma sala do hotel para conversas reservadas.
O apartamento e a sala já passaram por vistorias contra grampos ambientais ou telefônicos.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Olha isso: "Por que rompi com o PT '?"

http://www.msn.com/pt-br/noticias/crise-politica/caciques-do-pmdb-respondem-por-que-rompi-com-o-pt/ar-BBr5GXn?li=AAggV10

Caciques do PMDB respondem: 'Por que rompi com o PT?'




© Fornecido por BBC
Sob gritos de "Brasil para frente, Temer presidente", líderes do PMDB anunciaram nesta tarde, em Brasília, o afastamento definitivo entre partido e governo e a proibição a filiados de assumirem ou permanecerem em cargos federais – sem comentarem, entretanto, os motivos que os levaram a tal.
"A partir de hoje, nesta reunião histórica, o PMDB se retira da base do governo da presidente Dilma", anunciou, aplaudido, o vice-presidente do partido, senador Romero Jucá (RR), que presidiu a mesa ao lado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara.
Após a fala, que não durou cinco minutos, Jucá deu a cerimônia por finalizada: "A decisão está tomada. Encerramos dizendo: viva o Brasil”.
A BBC Brasil aproveitou a profusão de líderes peemedebistas no pequeno salão do Congresso e conversou com três figuras importantes do partido: o vice-presidente Jucá, ex-líder do governo no Senado; o ex-ministro da Aviação Civil Eliseu Padilha, próximo de Michel Temer; e a senadora Marta Suplicy, cotada para disputar a Prefeitura de São Paulo pelo partido.
"Por que rompi com o PT?", foi a principal pergunta endereçada aos três. Veja a seguir as respostas.

Eliseu Padilha

© Fornecido por BBC
Para o ex-titular da Aviação Civil do governo Dilma Rousseff e ex-ministro dos Transportes da gestão FHC, a principal razão para o afastamento entre os partidos é a vontade de "11 entre 10 peemedebistas da base" de uma candidatura própria à Presidência da República, em 2018.
"Nas eleições municipais, queremos aumentar nossa representação, com mais prefeitos e vereadores, para termos o alicerce para as eleições de 2018", diz. "Se tivermos hegemonia nos municípios, decerto seremos um 'player' competitivo (nas eleições presidenciais) em 2018. Se ganhamos, não sei. Mas seremos competitivos."
Padilha também diz lamentar que o "PMDB nunca tenha feito parte do núcleo duro do governo".
A reportagem perguntou ao ex-ministro o que quer dizer a frase – já que o partido ocupou sete ministérios na última reforma ministerial, além de ter a Vice-Presidência e as presidências da Câmara e do Senado.
"O partido nunca fez parte das formulações de políticas do governo. O PMDB não foi chamado, não teve como contribuir", respondeu. "Quem se subordina pode se sentir desconfortável. Nos sentimos desconfortáveis, pronto!"

Romero Jucá

© Fornecido por BBC
"A aliança se rompeu", definiu o senador, vice-presidente do PMDB e ex-líder do governo no Senado.
"As condições de governabilidade se exauriram. O Brasil é maior que qualquer entendimento político e qualquer partido tem que representar a vontade do povo brasileiro."
Para Jucá, o afastamento do PT é um consenso entre a sociedade. "Esta é a vontade do povo brasileiro. O partido que virar as costas para isso vai pagar um alto preço."
A jornalistas, o senador insistiu que o impeachment "não é uma pauta do PMDB", apesar das articulações de integrantes do partido neste sentido na Câmara dos Deputados.
"O impeachment é uma questão para a sociedade brasileira resolver. Não nós."

Marta Suplicy

© Fornecido por BBC
Senadora e pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy foi a única a mencionar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff entre os argumentos para o divórcio.
"Tudo o que está justificado no pedido oficial de impeachment", respondeu a senadora à pergunta feita pela reportagem sobre o motivo do rompimento. E então prosseguiu, enumerando outros três argumentos.
"Falta de governabilidade, incapacidade da presidente de conduzir o país e o clamor popular."
Desde que deixou o PT, em abril do ano passado, Marta se tornou opositora ferrenha de seus ex-colegas de partido. Ao entregar sua carta de desfiliação, a senadora chegou a dizer que se sentia "constrangida" pelas denúncias endereçadas ao PT.
Questionada, a senadora não comentou as denúncias ligadas ao PMDB nas investigações da Operação Lava Jato.

Governo e Congresso precisam de oftalmologista para apreciar a situação atual o Brasil / José Casado

29/03/2016
 às 16:35 \ Opinião

José Casado: Perdidos na escuridão

Publicado no Globo
─ Como é a cegueira?
— Uma das primeiras cores que se perde é o negro — respondeu o escritor de 86 anos, há quatro décadas sem visão. — Perde-se a escuridão e o vermelho também… Naquela direção, onde está a janela, há uma luz. Vejo movimento mas não coisas. Não vejo rostos e letras.
A névoa densa na política deste outono deixou governo e Congresso em estado de anopsia similar ao descrito por Jorge Luis Borges na sua última entrevista, em 1985, ao repórter Roberto D’Ávila. A bruma encobre a transformação do país numa fábrica de desilusões.
Foram 13.100 novas demissões a cada dia útil dos últimos 12 meses no mercado formal de trabalho. Antes do carnaval, pesquisadores do IBGE contaram nove milhões de pessoas à procura de ocupação em 3.500 cidades. A perspectiva é de que esse contingente aumente para 13 milhões no segundo semestre.
Encerra-se o capítulo da “inclusão social”, celebrado na marquetagem eleitoral da última década, com uma combinação nefasta de mais desemprego e declínio na renda familiar dos mais pobres (7,4%). A reversão do bem-estar social, pelo aumento na desigualdade, acaba de ser confirmada por pesquisadores como Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas.
Há um fenômeno novo, detectou a Associação das Empresas de Transportes Urbanos: as pessoas reduziram seu movimento nas maiores cidades. Ônibus levam menos um milhão de passageiros por dia, em comparação a 12 meses atrás. Na periferia, segundo a entidade, cresceu a preferência pela viagem de bicicleta ou a pé.
Na região mais industrializada registrou-se o fechamento de 20 fábricas a cada dia útil, informa a Junta Comercial do Estado de São Paulo. Perderam-se 4.451 indústrias paulistas, 24% mais que nos 12 meses anteriores. Agora, avança-se no quarto ano seguido de recessão, com inflação alta e recorde mundial de juros.
Governo e Congresso se mantêm numa cegueira deliberada. A oposição em transe dedica-se à demolição de pontes para o futuro com “bombas” legislativas, como a de R$ 330 bilhões da semana passada, que turvou uma das raras iniciativas construtivas dos últimos tempos — o acordo feito pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) para aprovação da Lei das Estatais.
O governo perde-se em desvarios. Dilma Rousseff fez do Planalto um escritório de advocacia 24 horas. Faz comícios e, quando não insinua seu desejo de prisão para o juiz que autorizou o grampo do telefone de uma pessoa investigada, Lula, recita imaginário “golpismo” num pedido de impeachment, previsto na Constituição que o PT se recusou a subscrever.
Esconde que o seu partido, sob comando de Lula, apoiou nada menos que 50 petições similares contra três presidentes entre 1990 e 2002. Foram 29 contra Fernando Collor, quatro contra Itamar Franco e 17 contra Fernando Henrique Cardoso. Lula superou 34 pedidos de impeachment. Dilma somava 49 até ontem à noite — no último é acusada de usar seu poder constitucional para proteger um investigado, dando-lhe “auxílio direto” para escapar “do juiz natural das investigações”.
A luz sobre negociatas como modo de governo, nos inquéritos sobre corrupção, cegou os que fazem política. Tateiam paredes do labirinto da crise que construíram, e não enxergam a saída.

PT teme naufragar junto com Dilma no oceano da morte e congelar suas esperanças


quarta-feira, março 30, 2016 

Temer, Lula e o pós-Dilma -

 ELIANE CANTANHÊDE

ESTADÃO - 30/03

Com o rompimento do PMDB, o foco sai da presidente Dilma Rousseff e passa para o vice Michel Temer, já que o impeachment ganhou ímpeto e tem até um “deadline”: a chegada da tocha olímpica ao Brasil, prevista para meados de maio. A intenção é gerar um ambiente de festa, congraçamento e recomeço – com um novo governo para mostrar ao mundo.

Quanto mais Dilma representa o passado, mais Temer passa a personificar o futuro, para o bem e para o mal. Para o bem, porque o vice sonha entrar para a história como o presidente da transição que reconduziu o País aos trilhos. Para o mal, porque ele vai atrair, junto com montanhas de adesões, também os raios e trovoadas do PT.

Se o discurso do PT e do governo é de que está em curso “um golpe” contra a democracia, agora é hora de dar cara, voz, cor e partido a esse “golpe”. É por isso que o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT), acusa Temer de “chefe do golpe” e o líder no Senado, Humberto Costa (PT), ameaça: se Dilma for destituída, Temer “seguramente será o próximo a cair”.

É a estratégia do medo, enquanto o Planalto troca as negociações partidárias (no “atacado”) por cooptação deputado a deputado (no “varejo”). Ambas – o medo e o varejo – são de altíssimo risco e de resultados incertos porque, quando a onda encorpa, ninguém segura.

Com o rompimento do PMDB, o cálculo de governo e oposição é que os partidos da base aliada vão debandar. O PSB já se foi e, aliás, fez um programa de TV duríssimo contra o governo na semana passada. O PRB também já vai tarde, apesar de a Igreja Universal do Reino de Deus ter lá seus interlocutores com o Planalto. O PSD libera os correligionários para votarem como bem entenderem. O PP e o PR serão os próximos.

Dilma acha que, além de comprar um voto daqui outro dali no Congresso, é capaz de se sustentar graças aos movimentos sociais alinhados com o PT. Eles vão às ruas agora para gritar contra “o golpe” e são uma ameaça a um eventual governo Temer – como, de resto, a qualquer composição que substitua Dilma e exclua o PT. Isso, porém, depende muito menos de Dilma e do governo e muito mais de Luiz Inácio Lula da Silva.
PT, CUT, UNE, MST... não vão às ruas por Dilma, mas sim por Lula e o que ele chama de “nosso projeto”, ameaçado pela Lava Jato e pela quebradeira da Petrobrás, mas principalmente pelo desastre Dilma, que desestruturou de tal forma da economia a ponto de, como informou o Estado, fechar 4.451 indústrias de transformação num único ano, 2015, e num único Estado, São Paulo, gerando milhões de desempregados. Não foi à toa que em torno de 400 entidades publicaram um contundente anúncio nos jornais de ontem clamando pelo impeachment.

Aí chegamos a Lula e à conversa que ele teve com o vice Michel Temer em São Paulo, em pleno Domingo de Páscoa. Lula não iria a Temer mendigar uma reviravolta do PMDB ou o adiamento da reunião que selou o fim da aliança com o Planalto. Mas Lula iria ao vice, sim, fazer uma avaliação dos cenários (inclusive o de Dilma fora, Temer dentro) e discutir um pacto de convivência que, em vez de destruir a transição com Temer, possa construir uma chance para o PT em 2018. De forma mais direta: Lula e o PT sabem que Dilma está perdida e já discutem o “day after”. Partir para um guerra com Temer em que ninguém sobreviveria ou selar uma trégua para uma recomposição de forças políticas e a recuperação da economia?

Para todos os efeitos, Lula está empenhado ao máximo em salvar Dilma. Na prática, está se mexendo para nem ele nem o PT morrerem com ela. Isso passa por um acordo com Temer e pode chegar a uma ordem de comando para, no caso da posse do vice, o exército vermelho sair das ruas e ficar apenas de prontidão.

terça-feira, 29 de março de 2016

Nua e sem chamar atenção... / Catraca Livre

https://catracalivre.com.br/geral/inusitado/indicacao/mulher-caminha-nua-em-ruas-lotadas-e-ninguem-percebe/

Mulher caminha 'nua' em ruas lotadas e ninguém 

percebe

Redação em 
Uma artista elaborou um trabalho de pintura corporal feito de maneira realista no corpo de uma modelo. Ela realizou um desenho impecável imitando uma calça jeans nas pernas da jovem.
Reprodução / Yahoo
Reprodução / Yahoo
Artista cria pintura corporal
Depois, a moça caminhou em ruas lotadas e ninguém percebeu que ela andava praticamente nua pelas ruas, vestindo somente camiseta e biquíni.
Veja as fotos:

Desembarque do PMDB do governo... / blog de Aluizio Amorim

DEBANDADA GERAL ESFARELA BASE ALIADA DO PT E ACELERA PROCESSO DO IMPEACHMENT

Com o anúncio do desembarque por "aclamação" do PMDB do governo, partidos da base aliada começaram a dar sinais mais fortes de que também podem desembarcar em breve. O partido do vice-presidente Michel Temer decide se rompe com a presidente Dilma nesta terça-feira, em reunião no diretório nacional. No comando do Ministério das Cidades, o PSD decidiu liberar seus 31 deputados para votar como quiserem em relação ao impeachment. No comando do Ministério da Integração Nacional, o PP cogita fazer o mesmo.
No PSD, a liberação dos deputados teve anuência do ministro das Cidades e presidente do partido, Gilberto Kassab. Dirigentes da legenda preveem que a bancada do partido no Senado, de três parlamentares, também deverá ser liberada. Pelos cálculos de lideranças da sigla, de 70% a 80% da bancada na Câmara deve votar a favor do impeachment. O cálculo foi feito antes da saída de ministros do PMDB e do anúncio prévio de que o desembarque será aprovado por aclamação.
No PP, o presidente da sigla, senador Ciro Nogueira (PI), admite que não terá como segurar suas bancadas na Câmara e Senado, principalmente após o desembarque do PMDB. Na semana passada, o partido já tinha informado Dilma dessa dificuldade. Pelos cálculos da direção do partido, dos 49 deputados da legenda, pelo menos quinze são declaradamente a favor do impeachment e outros 35 "aguardam" definição oficial da presidência da legenda sobre como votar. "Só conseguimos garantir os 35 votos para o governo se for para o governo ganhar. Se for para perder, não conseguimos", afirmou um interlocutor de Ciro. Para a direção do PP, o governo precisa reagir para tentar segurar a base.
Na semana passada, parlamentares do PP pró-impeachment entregaram ao presidente do partido uma lista com assinaturas de 22 deputados e de quatro dos seis senadores, pedindo a antecipação da convenção nacional da legenda, para votar o desembarque. Ciro prometeu marcar uma nova reunião das bancadas para tratar do assunto. O dirigente diz que quer "ganhar tempo" e só deixar uma decisão oficial sobre rompimento para depois que outros partidos anunciarem o desembarque.
Após a reunião do PMDB, marcada para esta terça-feira, esses partidos do centrão devem se reunir para avaliar como se posicionar. Assim como PP e PSD, o PR deve se reunir para alinhar um discurso. Apesar de mais da metade dos quarenta deputados do PR defender o impeachment, o ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, que é do partido, diz que, se depender dele, a sigla "não sai do governo de jeito nenhum". "Eu não saio do governo, faço parte do governo Dilma", afirmou o ministro, acrescentando que vai trabalhar para convencer o partido a ficar na base. Ele ressalta que o PR tem vários cargos no governo Dilma e não seria correto abandoná-lo agora.
No Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o PTB só deve tomar qualquer decisão de liberar a bancada ou desembarcar após o deputado Jovair Arantes (GO) apresentar seu relatório na comissão do impeachment. Apesar de, nos bastidores, a maioria dos dezenove deputados do PTB ser a favor do afastamento da presidente Dilma Rousseff, a sigla quer evitar que qualquer decisão da bancada levante suspeita sobre o trabalho do relator do impeachment, que é aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Do site da revista Veja