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sexta-feira, 12 de julho de 2013

Capa da Exame às 14 horas de 12/07/2013

Economia tem retração de 1,4% em maio, indica BC

Holerite de Político Brasileiro X Professor Público Municipal // Documento para as Vozes das Ruas...

O conteúdo do político é ele, seu discurso pessoal...

O conteúdo do professor é universal, impessoal...


quinta-feira, 11 de julho de 2013

Texto para os dirigentes políticos lerem e refletirem ...! // Luciano Trigo

11/07/2013
 às 12:40 \ Feira Livre

‘Por que é tão difícil entender?’, um texto de Luciano Trigo

Publicado no Globo desta quinta-feira
LUCIANO TRIGO
A crise que o país atravessa desde a eclosão dos primeiros protestos contra o aumento das passagens de ônibus tem três componentes articulados:
 1 ─ A sociedade quer transporte, saúde e educação de qualidade, pois ela paga caro por isso, por meio dos impostos, e não recebe em troca serviços públicos à altura. Simples assim. A sociedade não pediu nas ruas reforma política, nem plebiscito para eliminar suplente de senador.

2 ─ A sociedade quer o fim da impunidade, pois está cansada de ver corruptos soltos debochando de quem é honesto, mesmo depois de condenados.
Acrescentar o adjetivo hediondo à corrupção de pouco adianta se deputados e ministros continuam usando aviões da FAB para passear e se criminosos estão soltos, alguns até ocupando cargos de liderança ou participando de comissões no Congresso.
3 ─ A sociedade quer estabilidade econômica: para a percepção do cidadão comum, os 20 centavos pesaram como mais um sinal de que a economia está saindo do controle. A percepção do aumento da inflação é crescente em todas as classes sociais; em última análise, este será o fator determinante dos rumos da crise a médio prazo, já que não há discurso ou propaganda que camufle a corrosão do poder de compra das pessoas, sobretudo daquelas recentemente incorporadas à economia formal.
Esses problemas não são de agora, nem responsabilidade exclusiva dos últimos governos. Mas o que se espera de quem está no poder é que compreenda que a melhor maneira de reconquistar o apoio perdido é dar respostas concretas e rápidas às demandas feitas nas ruas (e não a demandas que ninguém fez). Não é isso que vem acontecendo: todas as ações da classe política parecem movidas pela tentativa de tirar proveito da situação e desenhadas para que tudo continue como está.
É bom que se diga que não são somente os políticos que espantam pela surdez diante dos gritos coletivos de irritação e impaciência, dos protestos que não têm dono nem liderança. A julgar pelo que se viu em algumas mesas da Flip, muitos intelectuais também se entregam com facilidade à tentação leviana e arrogante de transformar a crise não em oportunidade para um debate consequente, mas em pretexto para oportunistas e demagógicas tentativas de embutir suas próprias agendas secretas e pautas obscuras nas bandeiras das manifestações populares: a tal “crise de representação”, por exemplo, se transformou em escudo para as propostas mais escalafobéticas, envolvendo extinção dos partidos e uma suposta “democracia direta”.
Essa crise não será resolvida por palavras mágicas como “plebiscito” ou “reforma”, nem por manobras da velha política que fazem pouco caso da inteligência das pessoas, nem pela demonização da mídia, nem por espertezas toscas de bastidores, nem por tentativas de cooptação e de controle do movimento social, nem por frases de efeito.
As verdadeiras bandeiras da população que foi às ruas não têm nada a ver com guinadas à esquerda ou à direita, nem com palavras de ordem radicais ou fascistas, nem com a paranoia do golpismo. As verdadeiras bandeiras do grosso da população que foi às ruas têm a ver, isto sim, com um anseio urgente e definitivo por eficiência e ética na atuação de todos os políticos, de todos os partidos, de todos os poderes, de todas as esferas do poder. Aliás, todos são pagos para isso, com o nosso dinheiro.
Por que isso é tão difícil de entender?

Condutas dos sindicatos implicam com o governo do PT.... (?!) ou é uma dose de insanidade de dirigentes sindicais ?

Centrais sindicais testam Dilma com paralisação nacional

Atualizado em  11 de julho, 2013 - 04:28 (Brasília) 07:28 GMT
Sindicalistas protestam contra governo / AP
Trabalhadores vão cruzar os braços nas principais capitais e cidades brasileiras nesta quinta-feira
A paralisação nacional dos trabalhadores marcada para esta quinta-feira deve funcionar como um "termômetro" para avaliar até que ponto o governo estaria disposto a negociar com os sindicatos.
Com um estilo de gestão diferente do de Lula, seu antecessor, a presidente vem sendo alvo frequente de reclamações de lideranças sindicais por não dar ouvidos às reivindicações da classe.
Os trabalhadores vão cruzar os braços munidos de uma pauta comum. Os temas variam desde a reforma agrária ao fim do fator previdenciário, passando pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.
O ato, convocado pelas centrais sindicais e batizado de "Dia Nacional de Lutas", ocorre na esteira dos protestos que varreram o país no mês passado e levaram à construção de uma "agenda positiva" por parte do governo, preocupado com a reação vinda das ruas.

Ambiente favorável

Embora tenham negado agir por "oportunismo", lideranças sindicais ouvidas pela BBC Brasil reconheceram que as manifestações criaram um ambiente favorável para a luta por seus pleitos.
Para Vagner Freitas, presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a maior entidade sindical do Brasil, o protesto, que promete paralisar mais de 50 cidades brasileiras, foi organizado porque o governo "não atende ao pleito da classe trabalhadora".
"O trabalhador brasileiro melhorou de vida, mas da porta de sua casa para dentro. Da porta da casa dele para fora, continua pagando um preço proibitivo para o transporte coletivo, que é precário, e trabalhando longas jornadas. Queremos que o governo sente conosco e negocie", afirma.
"De nada adianta ter ganhos salariais acima da inflação, como obtivemos nos últimos anos, se esse dinheiro é sugado pelo aumento do plano de saúde privado que o trabalhador precisa contratar porque não pode contar com a saúde pública", acrescenta.
Ele, entretanto, evitou fazer críticas diretas à presidente Dilma Rousseff.
"A manifestação não é partidária. Não queremos derrubar a presidente, apenas queremos que esse governo realize as transformações sociais para as quais foi eleito".
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), concorda. Segundo ele, o protesto não é "contra Dilma", mas contra a "forma como o governo vem administrando as reivindicações da classe".
"O problema é que fazemos reuniões com o governo e nenhuma solução sai desses encontros. Estamos insatisfeitos", diz.
Patah reconhece que os protestos do mês passado deram força ao movimento.
"Em uma oportunidade importante, o governo cedeu. Por essa razão, não há melhor momento do que esse para reivindicarmos nossa pauta", diz.

Divergências internas


O que os trabalhadores defendem

• Redução da Jornada de Trabalho para 40h semanais, sem redução de salários

• Contra o PL 4330, sobre Terceirização

• Fim do fator previdenciário

• 10% do PIB para a Educação

• 10% do Orçamento da União para a Saúde

• Transporte público e de qualidade

• Valorização das Aposentadorias

• Reforma Agrária

• Suspensão dos Leilões de Petróleo
Embora tenham definido uma pauta única, as centrais sindicais divergem quanto à defesa de outros pontos, como o plebiscito e a reforma política, que terminaram não incluídos na agenda comum.
Freitas, da CUT, que é a favor da reforma política, encampada pelo PT e pelo governo, diz que levará a proposta isoladamente à manifestação.
"A discussão sobre a reforma política é fundamental para garantir eleições mais limpas", afirma.
Ele critica o presidente da Força Sindical e deputado federal Paulo Pereira, mais conhecido como "Paulinho da Força", que "defende o Congresso conservador".
"O Paulinho não tem interesse na reforma política porque teme não conseguir fundar seu partido", diz.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, rebate a acusação. Segundo ele, a central foi contra "a apropriação do movimento pelo PT".
"Somos contra um partido querer se aproveitar de uma manifestação legítima dos trabalhadores", defende.

Cisão?

Na avaliação de cientistas políticos ouvidos pela BBC Brasil, o protesto, por outro lado, não significará um rompimento dos sindicatos com o governo que, segundo eles, fez concessões amplas aos trabalhadores na última década.
Nesse período, de acordo com dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o poder de barganha de entidades sindicais aumentou consideravelmente. Somente a proporção de acordos salariais acima da inflação quintuplicou de 2003 — ano em que o ex-presidente Lula foi eleito até 2012.
O cientista política Milton Lahuerta, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) considera remota a possibilidade de ruptura dos sindicatos com o governo pelo que chamou de "sindicalismo de resultados".
"Atualmente, os sindicatos usam ao máximo sua capacidade de barganha e atuam no limite da chantagem para viabilizar seus interesses. Não há nenhuma perspectiva ideológica ou política para a construção de uma agenda propositiva", diz.
"Além disso, os sindicatos só abandonariam a base aliada em dois casos: ou se fossem acolhidos pela oposição, o que é improvável, ou se a situação econômica do país se degradasse a tal ponto que as lideranças tivessem de se opor ao governo para manter sua legitimidade."
Já o cientista político Ricardo Caldas, da Universidade de Brasília (UnB), acredita que a manifestação foi motivada pelo "oportunismo" da CUT, uma das principais lideranças sindicais por trás do movimento.
"A CUT é visivelmente controlada pelo PT, que perdeu credibilidade junto à sociedade. O protesto nada mais é do que uma reafirmação de importância do sindicato, que teme pela sua própria sobrevivência."

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