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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Europa e Ásia ligadas por túnel subterrâneo de 1.400 metros/ BBC e Publico.com



FOTO Público pt
http://www.publico.pt/mundo/noticia/tunel-submarino-liga-europa-a-asia-no-centro-de-istambul-1610704
A primeira ligação ferroviária submarina intercontinental foi inaugurada nesta terça-feira em Istambul. Bastam quatro minutos a cerca de 60 metros de profundidade sob o Bósforo, o estreito que separa a Europa e a Ásia na grande metrópole que é Istambul, e cruza-se de um continente para outro.
“Foi um sonho durante 150 anos e finalmente tornou-se realidade”, afirmou o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, na inauguração do primeiro dos seus megaprojectos para a cidade de Istambul.
O novo túnel ferroviário Marmaray, que atravessa o mar de Mármara, usa tecnologia japonesa resistente a sismos — que permite aos arranha-céus tremer sem quebrar. Essa é uma necessidade imperiosa, pois o túnel fica a menos de 20 quilómetros da falha sísmica onde se tem acumulado mais stresssísmico e onde os cientistas calculam existir 68% de probabilidade de que se venha a registar um sismo de magnitude 7 ou superior nos próximos 30 anos. Aliás, a Turquia, e em especial Istambul, é uma zona de grande risco sísmico.
A estrutura mais segura de Istambul?
A Câmara dos Arquitectos e Engenheiros turcos deu hoje uma conferência de imprensa chamando a atenção para a vulnerabilidade do túnel, que poderá transportar mais de um milhão de pessoas diariamente.
“Eu não viajaria nos comboios do Marmaray, e ninguém devia viajar”, afirmou Süleyman Solmaz, porta-voz da organização, citando um engenheiro que trabalhou no projecto durante anos.
Kadir Topbaç, presidente da Câmara de Istambul, adianta a edição em inglês do jornal turco Hurriyet, respondeu garantindo que “todas as possibilidades foram levadas seriamente em consideração”, depois de se ter encontrado com o primeiro-ministro japonês, que esteve de visita a Istambul, para ver a inauguração, em que há interesses japoneses em jogo — além da tecnologia nipónica, grande parte da obra foi financiada pelo Banco Japonês para a Cooperação Internacional.
O ministro dos Transportes turco, Binali Yildirim garantiu que o projecto Marmaray é “a estrutura mais segura de Istambul”, com portas estanques para isolar cada secção, e será capaz de suportar um sismo de magnitude 9.
As grandes obras de engenharia, como o túnel Marmaray, são encaradas como uma forma de comemoração da década do partido islamo-conservador de Erdogan no poder — e também de campanha para as eleições de 2014 (locais em Março e presidenciais em Junho) e 2015 (legislativas).
O movimento de contestação do Parque Gezi, em Istambul, foi desencadeado em resposta a um projecto descaracterizador para esta praça do centro da cidade. O espírito de contestação tem continuado — nos últimos dias, mais em Ancara, com protestos em torno das condições favoráveis dadas ao réu no julgamento de um polícia que matou um estudante nos protestos de Junho. Ainda este mês, foi também criado o Partido do Parque Gezi, fundado por artistas e intelectuais.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Lobby gay no Vaticano ???


Jornal italiano associa renúncia do Papa a relatório sobre lobby gay no Vaticano

La Repubblica diz que Bento XVI tomou decisão depois de receber um relatório com referências à exposição da Igreja à chantagem e extorsão por práticas homossexuais.
Bento XVI, com o ex-mordomo (lugar da frente)
A Santa Sé recusou comentar as notícias que associam a renúncia de Bento XVI à eventual divulgação de um relatório em dois volumes que alegadamente descreve a existência de um lobby gay – secreto e activo – no Vaticano.
A documentação, que o Papa terá recebido a 17 de Dezembro, foi produzida na sequência de uma investigação lançada pelo próprio Bento XVI na sequência do escândalo “Vatileaks”, que culminou com a detenção e acusação do mordomo do Papa, Paolo Gabriele, posteriormente condenado pelo roubo de documentos confidenciais.
“Foi nesse dia, com esse relatório na sua secretária, que Bento XVI tomou a decisão que já ponderava há tanto tempo”, garante o diário italiano La Repubblica, que avançou com a notícia.
A resposta do Vaticano aos factos relatados pelo jornal italiano (e depois amplificados pela imprensa mundial) foi ambígua. “Nem a comissão de cardeais nem eu próprio faremos qualquer comentário para confirmar ou desmentir o que foi escrito sobre esta matéria. Cada qual assumirá as suas responsabilidades. Não faremos mais nenhuma declaração sobre este assunto”, reagiu o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.
Lombardi referia-se a Julian Herranz, Josef Tomko e Salvatore De Giorgi, os três cardeais responsáveis pelo relatório – mais de 300 páginas divididas por dois volumes – e que terão constatado que “vários lobbies dentro da Santa Sé consistentemente violaram os sexto e sétimos mandamentos da lei da Deus”, que condenam o adultério e o roubo, respectivamente. A doutrina interpreta ainda o sexto mandamento como uma interdição das práticas homossexuais.
Sem citar directamente as passagens do relatório, o mesmo diário italiano diz que os autores concluíram que os pecados dos prelados expuseram a Igreja Católica à chantagem e à extorsão.
Aparentemente, os membros do lobby gay mantinham encontros ilícitos em vários pontos de Roma, nomeadamente uma sauna num bairro dos subúrbios e uma villa privada dos arredores, bem como um salão de beleza e um edifício que funcionou como residência universitária no centro da cidade. Os envolvidos teriam sido depois sujeitos a ameaças e chantagem.
Não é a primeira vez que são denunciados casos de homossexualidade ou pedofilia na hierarquia do Vaticano. Em 2007, a Cúria suspendeu um dos dirigentes que foi filmado com menores numa operação encoberta da televisão italiana. Em 2010, Angelo Balducci, conselheiro da Congregação para a Evangelização dos Povos, foi detido no âmbito de uma investigação de corrupção que expôs uma rede de prostituição masculina. Balducci foi apanhado em escutas telefónicas a organizar encontros com coristas e seminaristas.
O relatório entregue ao Papa em Dezembro supostamente também expõelutas de poder, intriga e corrupção entre diferentes facções internas mas também grupos externos ao Vaticano: segundo o La Repubblica, há referências de “impropriam influentiam” ou influência nefasta de lobbies “de natureza mundana” que condicionam a acção da Igreja. Alegações de corrupção na atribuição de contratos e lavagem de dinheiro no banco do Vaticano já tinham sido levadas ao Papa, como provaram as cartas privadas que foram roubadas pelo seu ex-mordomo e divulgadas no “Vatileaks”.
O facto de Bento XVI se ter referido vagamente às “divisões” na Igreja durante o discurso de Quarta-feira de Cinzas, foi apresentado como prova de que teria sido este relatório a precipitar a decisão de renúncia do Papa. “Penso particularmente nos pecados contra a unidade da Igreja, nas divisões no corpo da Igreja”, disse.
Mas como escreveu o conhecido analista do Vaticano, Ignazio Ingrao, na revista Panorama, “a parte do relatório que mais chocou o Papa foi aquela que revelou a existência de uma rede de alianças e actos de chantagem de natureza homossexual em várias áreas da Cúria”.