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terça-feira, 31 de março de 2015

O PT machucado pelos fatos tenta a sorte como 'perseguido' da imprensa

Falido como partido, PT tenta sorte como piada
Josias de Souza

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Após reunião com Lula e o presidente do PT, Rui Falcão, dirigentes do partido nos Estados divulgaram um manifesto revelador. O texto indica que o PT não só acredita em vida depois da morte como crê piamente que é esta que está vivendo. Após fenecer como partido, o PT tenta a sorte como piada.
O manifesto do PT anota a certa altura: “Como já reiteramos em outras ocasiões, somos a favor de investigar os fatos com o maior rigor e de punir corruptos e corruptores. […] E, caso qualquer filiado do PT seja condenado em virtude de eventuais falcatruas, será excluído de nossas fileiras.”
É como se o partido desejasse dar um banho de gargalhada no país. A última vez que o PT declarou-se a favor de apurações rigorosas foi antes do julgamento do mensalão. Sentenciada, sua cúpula passou uma temporada enjaulada na Papuda. E não há vestígio de expulsão. Ao contrário.
Vítima de um expurgo cenográfico na época da explosão do escândalo, Delúbio foi readmitido nos quadros da legenda. Com as bênçãos de Lula. Dirceu e Genoino são cultuados nos encontros partidários como “guerreiros do povo brasileiro”.
Noutra evidência de que o cotidiano do petismo é uma tragédia que os petistas vivem como comédia, o manifesto aponta a existência de “uma campanha de cerco e aniquilamento”, na qual vale tudo para acabar com o PT, “inclusive criminalizar” a legenda. A cruzada antipetista é realmente implacável.
Deve-se a criminalização do PT aos petistas que, ocupados em salvar o país, não tiveram tempo de ser honestos. A Procuradoria da República e o juiz Sérgio Moro elegeram como inimigo número 1 da honra petista o tesoureiro João Vaccari Neto. José Dirceu, reincidente, está na bica de ser convertido em inimigo número 2.
Noutro trecho, o manifesto sustenta: “Perseguem-nos pelas nossas virtudes. Não suportam que o PT, em tão pouco tempo, tenha retirado da miséria extrema 36 milhões de brasileiros e brasileiras. Que nossos governos tenham possibilitado o ingresso de milhares de negros e pobres nas universidades.” Trata-se de uma reedição do velho discurso do “rouba mas faz”. Só que num formato bem mais divertido.
“Não toleram que, pela quarta vez consecutiva, nosso projeto de país tenha sido vitorioso nas urnas”, acrescenta o texto, numa cômica injustiça com os 13% de brasileiros que, segundo o Datafolha, ainda consideram Dilma Rousseff ótima ou boa três meses depois da segunda posse.
O 5º Congresso do PT, marcado para junho, deve “sacudir” a legenda, antevê o manifesto. Anuncia-se a retomada da “radicalidade política” e o desmanche da “teia burocrática” que imobiliza a direção partidária “em todos os níveis”, levando o partido a habituar-se com o “status quo”.
Suspeita-se que os redatores do manifesto tenham desejado dizer o seguinte: o PT vai se auto-sacudir radicalmente, para combater seu próprio status quo. De preferência, destruindo o status sem mexer no quo.
Uma coisa é preciso reconhecer: o ex-PT cada vez mais se dá bem consigo mesmo. O que é tragicamente cômico.

segunda-feira, 23 de março de 2015

"O PT afundou quase tudo em que tocou, seja municipal, estadual ou federal (e a Petrobras)...."


luiz felipe pondé
Filósofo, escritor e ensaísta, pós-doutorado em epistemologia pela Universidade de Tel Aviv, discute temas como comportamento, religião, ciência. Escreve às segundas.

O outono do PT

Temos que reconhecer: chegamos ao fim de uma era. O PT vive seu outono. Melhor voltar para o pátio da fábrica onde nasceu e de onde nunca deveria ter saído.
Há que se ter uma certa grandeza, mesmo no pecado (o desejo de poder é o pecado máximo de toda a política), e o PT se revelou incapaz até de pecar com elegância.
Este outono do PT não se deve apenas às manifestações contra seu governo. Essas manifestações, diferentes das patrocinadas pelo "PT e Associados", manifestações com todos os tiques de política de cabresto e mazelas sindicalistas (passeata chapa branca), trazem algo de novo para o cenário, que deixa o "PT e Associados" em pânico. A tendência é a elevação da violência por parte da militância.
O Brasil perdeu o medo do PT e da esquerdinha pseudo. As pessoas descobriram que o mal-estar com essa turminha não é coisa de "gente do mal" (não é coisa de gente do mal, é coisa de gente bem informada), como a turminha pseudo diz, mas sim que somaram 2 + 2 e deu 4: o PT é incompetente para governar. Afundou quase tudo em que tocou, seja municipal, estadual ou federal (e a Petrobras). Mas essa morte do PT significa mais do que o fim de um partido que será esquecido em cem anos.
O fim do PT significa que o ciclo pós-ditadura se fechou. No momento pós-ditadura, a esquerda detinha a reserva de virtude política e moral, assim como de toda a crítica política e social. Ainda que a história já tivesse provado que todos os regimes de esquerda quebram a economia (como o PT quebrou a nossa) ou destroem a democracia (como os setores mais militantes do partido gostariam de fazê-lo).
Vide o caso mais recente e mais próximo, a Venezuela: economia destruída (e com petróleo!) e democracia encerrada de uma vez por todas. Como será que nossa diplomacia, ridícula como quase tudo que o governo do PT toca, reagirá ao fato de ele, Maduro, ter se dado plenos poderes para matar e torturar em nome do socialismo?
Resta pouco espaço para o governo. A tendência é que a presidente fale apenas a portas fechadas para plateias seletas por medo de tomar mais uma panelada. Com a economia em frangalhos, fica difícil para a presidente enterrar o petrolão em consumo, como seu antecessor o fez durante o escândalo do mensalão.
Quando as pessoas estão felizes comprando é fácil fazer vista grossa à corrupção. Quando o bolso esvazia, o saco fica cheio.
Dizer que a corrupção da Petrobras nada tem a ver com o partido no poder é piada. A ganância do novo rico (o PT) aqui mostra seus dentes: querendo enriquecer rápido, meteu os pés pelas mãos e com isso sacrificou a imagem de redentor que o partido tinha para grande parte da classe média. Ele ainda detém o controle de parte da população mais pobre (como a Arena no final da ditadura), mas logo perderá esse trunfo.
É verdade que ainda muitos professores, estudantes, artistas, jornalistas e intelectuais permanecem sob a esfera de influência da "estrela mentirosa". Mas isso também vai passar na hora em que muitos deles perderem o medo de serem chamados de "reacionários". Reacionário hoje é quem se fecha ao fato de que a história andou e as pessoas já não têm mais medo do PT e da sua turminha.
Infelizmente, o governo, diante da história que arromba a porta, parece um grupo de náufragos num barquinho, fugindo da traição que perpetrou, xingando a água, dizendo que as ondas são fascistas e que a tempestade é mal-intencionada.
Não, quem discorda hoje do governo federal não é gente "fascista", é gente que viu que o projeto do PT para o Brasil acabou. É gente educada, bem preparada, autônoma e que está de saco cheio do tatibitate do PT. Sem líderes significativos, sem propostas que criem a credibilidade necessária para sair da lama, a melhor coisa que o PT pode fazer é pedir licença e sair de cena.
Não acho que haja justificativa (ainda) para o impeachment, e devemos preservar as instituições. Mas a água passa debaixo da ponte. Quatro anos é tempo bastante para se afogar na vergonha. E, aí, a humildade será mesmo essencial, não? Sim, mas o PT é pura empáfia.
ponde.folha@uol.com.br 

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Novo avião cargueiro fabricado pela Embraer

Embraer apresenta 1º protótipo do KC-390, maior avião já fabricado no Brasil 21/10/2014 - 12h39 >
Atualizada 21/10/2014 - 15h18
Conheça o cargueiro KC-390, maior avião já fabricado no Brasil 7 / 13Divulgação/Embraer
Desenho mostra como deve ser o cargueiro, que deve substituir as aeronaves C-130 Hércules da FAB, fabricadas na década de 1970 GAVIÃO PEIXOTO, São Paulo (Reuters) -

A Embraer (EMBR3) espera avançar nas negociações para novos contratos de venda do cargueiro KC-390, após ter apresentado nesta terça-feira o primeiro protótipo do avião militar, o maior já desenvolvido e produzido no Brasil. O KC-390 é resultado de acordo de US$ 2 bilhões de dólares firmado em 2009 com a Força Aérea Brasileira (FAB), envolvendo a montagem de dois protótipos.
Em maio deste ano, a FAB assinou contrato firme de R$ 7,2 bilhões por 28 unidades do cargueiro, que substituirão os aviões Hercules C130 na frota da Força Aérea. Possível venda para Argentina, Portugal, República Tcheca, Colômbia e Chile Além do pedido da FAB, a Embraer tem cartas de intenção para venda de 32 unidades do cargueiro para Argentina, Portugal, República Tcheca, Colômbia e Chile. Os três primeiros são também parceiros industriais da fabricante brasileira no desenvolvimento do KC-390.
 "O avião foi apresentado ao mercado hoje e vai fazer o primeiro voo até o fim deste ano. Existe expectativa de que algumas conversas que estamos tendo vamos transformar em algo concreto", disse a jornalistas o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Jackson Schneider. "Tínhamos aqui (na apresentação do primeiro protótipo do avião) representantes de 32 países. Nossa expectativa é muito positiva, o avião deve gerar exportações importantes para o Brasil", acrescentou.
 O executivo não deu detalhes sobre o valor da aeronave, afirmando que o preço depende da configuração definida pelo cliente. A Embraer estima uma procura total por 700 unidades de cargueiros do porte do KC-390 ao longo de 15 anos, mas não revela qual a participação de mercado estima ter. 26 toneladas de carga, a 870 quilômetros por hora O KC-390 é uma aeronave de transporte de tropas e cargas e de abastecimento em voo. O avião também pode realizar missões como busca e resgate e combate a incêndios florestais, entre outras.
A aeronave é capaz de transportar até 26 toneladas de carga a uma velocidade de 870 quilômetros por hora. "É um projeto de Estado... Tudo aquilo que fazemos com aqueles velhos (cargueiros) Hercules que estão se aposentando no mundo inteiro poderemos fazer com o KC-390", afirmou em discurso o ministro brasileiro da Defesa, Celso Amorim, referindo-se aos aviões fabricados pela norte-americana Lockheed. Os ministros da Defesa de Portugal e da Argentina e o comandante da Força Aérea da República Tcheca estavam entre as autoridades estrangeiras na cerimônia de apresentação do KC-390.
 Primeiro avião deve ser entregue em 2016 Após o primeiro voo neste ano, terá início a campanha de ensaios de voo de desenvolvimento e certificação da aeronave. A primeira entrega do KC-390 está prevista para o segundo semestre de 2016. O avião ajudou a catapultar a carteira de pedidos da Embraer em mais de 20% entre junho e fim de setembro, para patamar recorde de US$ 22,1 bilhões, afirmou a companhia na semana passada.  Uso pela indústria do petróleo e mineração A Embraer avalia a possibilidade de desenvolver versões do KC-390 para outros fins que não militares, em especial para uso pelas indústrias do petróleo e de mineração. Cargas civis também poderiam ser atendidas, eventualmente. "É muito difícil ter um avião novo competitivo, porque as empresas de carga civil costumam usar aviões de passageiros de meia vida adaptados para carga", disse o diretor do programa KC-390 na Embraer Defesa e Segurança, Paulo Gastão. Qualquer uso não militar do KC-390 será avaliado no futuro, segundo o presidente da Embraer Defesa e Segurança, já que neste momento a empresa está totalmente concentrada em entregar o avião para as missões militares encomendadas pela FAB.
 (Por Cesar Bianconi e Brad Haynes) Primeiro voo do Bandeirante faz 45 anos; avião deu origem à Embraer 1 / 13DivulgaçãoO primeiro avião da Embraer foi o Bandeirante. O protótipo da aeronave, porém, foi criado antes mesmo da existência da empresa aérea brasileira. Há 45 anos, no dia 22 de outubro de 1968, ele fez seu primeiro voo de teste. Clique nas fotos acima e veja curiosidades sobre o modelo

terça-feira, 21 de outubro de 2014

O pessoal do PT é barra pesada! // Outra enrascada financeira dos administradores financeiros do PT

BB dribla regra ao emprestar para amiga de chefe do banco 

 Folha de S.Paulo LEONARDO SOUZA DO RIO 21/10/2014 - 02h00
Val Marchiori
   O Banco do Brasil concedeu empréstimo de  R$ 2,7 milhões à apresentadora de TV Val Marchiori, a partir de uma linha subsidiada pelo BNDES, contrariando normas internas das duas instituições. 


   Marchiori tinha restrição de crédito por não ter pago empréstimo anterior ao BB e também não apresentava capacidade financeira para obter o financiamento, segundo documentos internos do BB obtidos pela Folha. 

  A empresa pela qual Marchiori tomou o crédito, a Torke Empreendimentos, apresentou como comprovação de receita a pensão alimentícia de seus dois filhos menores de idade. O financiamento, repassado pelo BB a partir de uma linha do BNDES com juros de 4% ao ano –mais baixos que a inflação–, foi usado na compra de caminhões. 
   
  A Torke não tinha experiência na área de transportes e a atuação da empresa até então estava relacionada à carreira de Marchiori na TV. Na condição de administradora com poderes plenos na empresa, Marchiori tinha dívidas antigas com o BB que representavam impedimento para o novo empréstimo. Por isso, foi feita uma "operação customizada", ou seja, sob medida para Marchiori, para liberar os recursos. Val Marchiori é amiga do presidente do BB, Aldemir Bendine. A apresentadora esteve com ele em duas missões oficiais do banco, uma na Argentina e outra no Rio.
  Em entrevista à Folha, o ex-motorista do BB Sebastião Ferreira da Silva disse que a buscava em diversos locais de São Paulo a pedido de Bendine. "Fui buscar muitas vezes a Val Marchiori", disse ele. 
  Bendine nega qualquer participação na concessão do empréstimo. Ele reconhece que ficou hospedado no mesmo hotel que Marchiori nas duas ocasiões, mas diz que a estadia dela não tinha relação com as missões do banco, que foram coincidências. Oito dias antes de o BB começar a analisar a operação para a Torke, Marchiori enviou e-mail a Bendine, ao qual a Folha teve acesso, com perguntas sobre outro financiamento do banco, para empresa do marido da apresentadora, Evaldo Ulinski.

  O papel dos bancos públicos virou tema de debate entre os candidatos a presidente Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). Aécio acusa o governo do PT de usar o BNDES para financiar empresas aliadas. Dilma defende o banco, dizendo que 84% dos investimentos da indústria passam pelo BNDES. A Torke tomou o empréstimo para, imediatamente, sublocar os caminhões para a Veloz Empreendimentos, que é do irmão da apresentadora, Adelino Marchiori. Uma cláusula da linha Finame/BNDES, de onde saíram os recursos, impede cessão ou transferência dos direitos e obrigações do crédito sem a autorização do BNDES. A praxe do banco é financiar a atividade-fim do tomador do crédito. Na análise de risco, o BB apontou que Marchiori não tinha como comprovar receita compatível com o empréstimo, que tem prazo de pagamento de cinco anos. (um mandato do PT+ um ano, grido do editor JF) 
  No item "garantias mínimas" para o financiamento, o banco diz: "Coobrigação obrigatória da administradora Valdirene Aparecida Marchiori, ainda que sem recursos computáveis compatíveis". Segundo a análise de crédito, os fiadores da operação, o irmão e a cunhada de Marchiori, donos da Veloz, também não apresentavam recursos para garantir a operação. 
  Assim, o BB dispensou a comprovação de capacidade de pagamento da tomadora do crédito e dos fiadores.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

segunda-feira, 10 de março de 2014

Insultos, pegadinhas, táticas de guerrilha, birras, desvios de conduta, pressões fisiológicas, insinuações, incompetências administrativas, tudo junto e misturado como convém a um governo amalucado e distante da Ética como o PT que toma conta de país com 200 milhões de habitantes politicamente sem oposição aos desmandos inimagináveis...


PMDB prepara tocaias para Dilma na Câmara 

Josias de Souza

Antônio Cruz/ABr
Vendida como iniciativa pacificadora, a reunião de Dilma Rousseff com seu vice Michel Temer, na noite deste domingo (9), acirrou um pouco mais os ânimos do PMDB. A presidente não se mostrou disposta a ceder um sexto ministério à legenda. E tomou birra de Eduardo Cunha, líder do PMDB na Câmara. Deseja desligá-lo da tomada. O deputado não se deu por achado. Ao contrário. Eletrificado, arma emboscadas contra Dilma e o governo dela no Legislativo.
De saída, Eduardo Cunha articula: 1) a aprovação de uma comissão para investigar negócios da Petrobras; 2) a convocação em série de ministros e presidentes de bancos públicos para prestar esclarecimentos na Câmara; e 3) a derrubada do projeto de lei que institui o marco civil da internet, uma das prioridades de Dilma.
Criticado por ter trocado insultos em público com dirigentes do PT, o desafeto de Dilma afirmou, em privado, que chegou a hora de o PMDB falar no painel de votação da Câmara. Na opinião de Eduardo Cunha, a linguagem do painel é a única que o Palácio do Planalto entende.
A investida contra a Petrobras foi urdida antes do Carnaval, em reunião dos líderes do autodenominado ‘blocão’ na casa de Eduardo Cunha. Ficou combinado que os oito partidos que integram o megabloco votarão a favor de uma proposta do líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE). Prevê a criação de uma comissão de deputados para investigar, em diligências externas, denúncias de que funcionários da Petrobras receberam propinas milionárias de uma empresa holandesa de locação de plataformas petrolíferas, a SBM Offshore.
Abortada na antevéspera do início do recesso carnavalesco por uma manobra regimental do PT, a votação do requerimento anti-Petrobras é o primeiro item da pauta da sessão desta terça-feira (11). Longe dos refletores, o governo pressiona os líderes dos partidos que aderiram ao ‘blocão’. Os operadores de Dilma tentam convencer os pseudoaliados a desembarcar da iniciativa. A voz do painel dirá se o Planalto teve êxito.
A segunda tocaia, em avançado estágio de elaboração, terá como palco a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. O presidente se chama Hugo Motta (PMDB-PB). Ligado ao senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), mantém com Eduardo Cunha uma relação do tipo unha e cutícula. Requerimentos de convocação de autoridades protocolados por deputados oposicionistas tornaram-se oportunidades que o PMDB pretende aproveitar. Entre os requerimentos que os peemedebistas cogitam ajudar a aprovar estão:
1. ONGs companheiras: convocação dos ministros Manoel Dias (Trabalho), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Previdência) e Jorge Hage (CGU), para prestar esclarecimentos sobre desvios de verbas públicas em convênios firmados pela pasta do Trabalho com ONGs amigas. Proposta do deputado Fernando Francischini (PR), líder do Solidariedade.
2. Médicos cubanos: convocação do ministro Arthur Chioro (Saúde), para responder a indagações sobre a subremuneração dos profissionais importados deCuba para trabalhar no programa Mais Médicos. A iniciativa é do líder do DEM, Mendonça Filho (PE).
3. Sem-terra, mas com dinheiro: Convocação dos presidentes da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, e do BNDES, Luciano Coutinho, para explicar por que os dois bancos estatais financiaram evento do MST que acabou numa pancadaria defronte do Planalto, da qual 30 policiais saíram feridos. Nos dois casos, os requerimentos foram apresentados pelo deputado Alexandre Leite (DEM-SP).
4. Petropropinas: Convocação da presidente da Petrobras, Graça Foster, para explicar à comissão as providências adotadas no caso da suspeita de recebimento de propinas da holandesa SBM Offshore. Proposta do deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP).
5. PAC e emendas: Convocação dos ministros Miriam Belchior (Planejamento),Aguinaldo Ribeiro (Cidades) e Aldo Rebelo (Esporte), para esclarecer, entre outros pontos, atrasos na execução de obras com verbas do PAC e de emendas de parlamentares, além de contratos firmados pelo Esporte num programa chamado ‘Segundo Tempo’. Os requerimentos foram apresentados pelos deputados Carlos Brandão (PSDB-MA) —os dois primeiros— e João Arruda (PMDB-PR) —o terceiro.
No encontro que manteve com Temer na noite passada, Dilma queixou-se do timbre belicoso do líder do PMDB. Eduardo Cunha achou “engraçado”: “Sou gratuitamente agredido pelo PT, reajo e viro o culpado, eles as vítimas”, disse, referindo-se às críticas que lhe foram dirigidas no Carnaval pelo presidente do PT federal, Rui Falcão. De passagem pelo Sambódromo do Rio, Falcão dissera que o PMDB fluminense flerta com a candidatura do tucano Aécio Neves porque Dilma não cedeu às pressões fisiológicas de Eduardo Cunha.
Dilma foi informada por Temer de que o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), solidário com os correligionários da Câmara, não cogita aceitar o cargo de ministro do Turismo, em substituição ao deputado Gastão Vieira (PMDB-MA). Só admitiria assumir uma poltrona na Esplanada se o partido recebesse um ministério extra, de modo que a turma da Câmara não ficasse no prejuízo.
Dilma insinuou que, na falta de acordo, deve nomear ministros de sua própria escolha. Eduardo Cunha como que estimulou a presidente a puxar a caneta: “A bancada já decidiu, nomeiem quem quiserem para os cargos, que não queremos.” Hoje, além do Turismo, o PMDB da Câmara controla a pasta da Agricultura.
Quanto à pretensão de isolá-lo, o líder do PMDB dá a entender que Dilma não se deu conta de que erra o alvo: “É bom deixar claro que eu só expresso e só expressarei o que a bancada pensa e decide. Logo, tentar me isolar é isolar a bancada do PMDB.” Eduardo Cunha parece ter adotado um conhecido brocardo, só que em versão invertida: quando um quer, dois brigam. Para ele, Dilma quer.
O timbre escrespado do líder do PMDB incomoda até os caciques da legenda que lhe são mais próximos. A começar do próprio Temer. Antes de avistar-se com Dilma, o vice-presidente declarou que a maioria do PMDB deseja manter o casamento com Dilma e o PT. De resto, disse que a decisão será tomada pela convenção partidária marcada para junho, não pelo líder A, B ou C.
Eduardo Cunha deu razão a Temer: “Está certo o Michel quando fala que é a convenção que decide o apoio”. Porém, língua em riste, ele ponderou: “Só que os deputados têm opinião e voto” na convenção. A bancada, a propósito, reúne-se nesta terça-feira, às 14h. Na pauta, a proposta de convocar para abril uma pré-convenção que dê liberdade aos diretórios estaduais para se coligarem com as legendas que bem entenderem, inclusive as de oposição.
Ao tratar Eduardo Cunha como o desnecessário tornado irreversível, Dilma candidata-se a crescer nas pesquisas. Obriga-se, porém, a colocá-lo de joelhos. Sob pena de converter a Câmara numa espécie de Vietnã brasiliense, um território onde o mais fraco se impõe sobre o mais forte utilizando táticas de guerrilha parlamentar. Nada que derrube um governo. Mas desmoraliza.
O líder do PMDB passou o Carnaval em Roma. “Fui aprender como Nero incendiou a cidade”, brincou Eduardo Cunha em conversa com um amigo que o alcançou pelo celular numa escala a caminho do Brasil. Resta agora saber quantos se dispõem a ajudar a riscar o fósforo.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Ministro do Supremo Tribunal Federal pede a Senador 'vaquinha' para ressarcir 100 milhões de reais da perda provocada pelo Mensalão...

Gilmar Mendes pede 'vaquinha' para 

reaver R$ 100 milhões do mensalão

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Após receber um ofício do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) cobrando explicações sobre as suspeitas levantadas contra as doações para petistas condenados no processo do mensalão, o ministro Gilmar Mendes enviou uma carta ao parlamentar e sugeriu a realização de uma vaquinha para ressarcir "pelo menos parte dos R$ 100 milhões subtraídos dos cofres públicos".
No documento, Mendes diz ter certeza que Suplicy "liderará o ressarcimento ao erário" e comenta que o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que conseguiu num único dia arrecadar R$ 600 mil, poderá emprestar sua "expertise" para colaborar na recuperação do dinheiro desviado pelo mensalão.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes
"Não sou contrário à solidariedade a apenados. Ao contrário, tenho a certeza que Vossa Excelência liderará o ressarcimento ao erário público das vultosas cifras desviadas (...) Quem sabe o ex-tesoureiro Delúbio Soares com a competência arrecadatória que demonstrou – R$ 600 mil num único dia, verdadeiro e inédito prodígio!– possa emprestar tal expertise", diz trecho da carta.
Sérgio Lima-28.nov.2013/Folhapress

OUTRO LADO
O coordenador jurídico do PT, Marco Aurélio Carvalho, que coordena a coleta de recursos, diz que "o tom intimidatório do ministro acabou não funcionando". Mendes já havia criticado as vaquinhas para Delúbio Soares e José Genoino.
Depois de suas declarações, a coleta para José Dirceu já conseguiu arrecadar 25% do necessário em 48 horas.
Ele afirma ainda que, se tem vontade de fazer política, o ministro deveria deixar o Supremo e se lançar candidato.
A mesma afirmação foi feita pelo ex-presidente Lula na semana passada, sem citar Gilmar Mendes.
"O prazo para desincompatibilização dos ministros do STF [eles podem deixar o cargo até abril para se candidatar] está expirando. Se o Gilmar Mendes quiser ser candidato a algum cargo, vai ter o nosso reconhecimento e o nosso respeito. Caso contrário, ele tem que se recolher ao recato próprio aos ministro da Corte."
MULTAS
Na carta, o ministro destacou trecho do artigo 5º da Constituição dizendo que "nenhuma pena passará da pessoa do condenado". Para ele, assim como a pena de prisão, a pena de multa é intransferível e restrita ao condenado.
Ou seja, tal como pessoas solidárias aos condenados não podem passar alguns dias por eles na cadeia, também não poderiam pagar as multas impostas pela Justiça. "[A campanha de doações para o pagamento da multa] em última análise sabota e ridiculariza o cumprimento da pena– que a Constituição estabelece como pessoal e intransferível– pelo próprio apenado".
Mendes ainda reclama da falta de transparência no sistema de arrecadações e diz que todos os dados devem ser analisados pelo Ministério Público e pela Receita Federal.
Diz ainda que sites usados para as arrecadações são hospedados no exterior, o que dificultaria ainda mais a fiscalização das "doações moralmente espúrias" e destinadas a "contornar efeitos de decisão judicial". 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Falta profissionalismo e sobra emocionalismo no STF

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/02/1410612-joaquim-barbosa-revoga-decisao-de-lewandowski-sobre-dirceu.shtml

Clique no link acima e veja a falta de profissionalismo de Lewandowski e Barbosa

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Crianças desobedientes tendem à violência e ao abuso de drogas.... / Gustavo Teixeira em "O reizinho da casa"

03/02/2014 - 15h32

Adultos que foram crianças desobedientes tendem à violência e ao abuso de drogas

da Livraria da Folha

Divulgação
Teixeira oferece técnicas para ajudar a lidar com comportamentos problemáticos
Teixeira oferece técnicas para lidar com comportamentos problemáticos
Educação começa em casa. 
Pode ser um chavão, mas é por meio das relações familiares que as crianças aprendem de que maneira agir em sociedade, reproduzindo essas experiências nas escolas e nos relacionamentos futuros.
Casos constantes e intensos de desobediência podem se transformar numa doença comum em crianças e adolescentes: o transtorno desafiador opositivo. Ao se deparar com ocorrências dessa natureza, poucos pais e professores conseguem reverter o quadro.
"No transtorno desafiador opositivo nos deparamos com crianças que apresentam sintomas severos, provocando graves prejuízos em sua vida acadêmica e social e interferindo muito no relacionamento com membros da família", conta Gustavo Teixeira em "O Reizinho da Casa".
Gustavo Teixeira lembra que, quanto mais precoce for a intervenção de pais, professores e profissionais da saúde, além de facilitar o início do tratamento, melhores são os resultados.
"É muito importante ressaltar que o transtorno desafiador opositivo é muito mais do que aquela 'birra' ou desafio típico de uma criança, que seria, na verdade, uma simples reação contextual de oposição", diz. "Devemos entender também que um comportamento opositivo temporário é comum, fazendo parte do desenvolvimento normal da criança, tendo inclusive um aumento natural durante a adolescência".
Segundo Teixeira, "o início do uso abusivo de álcool e outras drogas merece especial atenção nesses casos, pois os conflitos familiares gerados pelos sintomas do transtorno, comportamentos de oposição e de desafio podem facilitar o envolvimento problemático com essas substâncias no futuro".
"Com frequência, essas crianças e adolescentes têm baixa autoestima e baixa tolerância às frustrações, humor deprimido, ataques de raiva e poucos amigos, pois costumam ser rejeitados pelos colegas por causa de seu comportamento impulsivo, opositor e de desafio às regras sociais do grupo".
Com o subtítulo "Manual para Pais de Crianças Opositivas, Desafiadoras e Desobedientes", o livro "O Reizinho da Casa" apresenta técnicas, com exemplos de casos clínicos, para lidar com esses comportamentos.
Gustavo Teixeira é graduado pela South High School, mestre em educação pela Framingham State University e membro da American Academy of Child and Adolescent Psychiatry. Ele também assina "Manual Antibullying""Desatentos e Hiperativos" e"Manual dos Transtornos Escolares".
Abaixo, leia os critérios diagnósticos segundo o "Manual Diagnóstico Estatístico dos Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria" ("American Psychiatry Association") para o transtorno desafiador opositivo.
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A. Um padrão de comportamento negativista, hostil e desafiador que dure pelo menos 6 meses, durante os quais 4 (ou mais) das seguintes características estão presentes:
(1) frequentemente perde a paciência
(2) frequentemente discute com adultos
(3) com frequência desafia ou se recusa ativamente a obedecer a solicitações ou regras dos adultos
(4) frequentemente perturba as pessoas de forma deliberada
(5) frequentemente responsabiliza os outros por seus erros ou mau comportamento
(6) mostra-se frequentemente suscetível ou é aborrecido com facilidade pelos outros
(7) está frequentemente enraivecido e ressentido
(8) está frequentemente rancoroso ou vingativo
Obs.: Considerar o critério satisfeito apenas se o comportamento ocorre com maior frequência do que se observa tipicamente em indivíduos de idade e nível de desenvolvimento comparáveis.
B. A perturbação do comportamento causa prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional.
C. Os comportamentos não ocorrem exclusivamente durante o curso de um transtorno psicótico ou transtorno do humor.
D. Não são satisfeitos os critérios para transtorno da conduta e, se o indivíduo tem 18 anos ou mais, não são satisfeitos os critérios para transtorno da personalidade antissocial.
*
O REIZINHO DA CASA
AUTOR Gustavo Teixeira
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