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terça-feira, 4 de outubro de 2016

"A descoberta de petróleo no pré-sal do Albacora reforça a hipótese de que ela é a bacia original,,," / no blog de Roberto Moraes

terça-feira, outubro 04, 2016/ no 


A descoberta de petróleo no pré-sal do Albacora reforça a hipótese de que ela é a bacia original

A descoberta do pré-sal no campo de Albacora, depois de já ter ocorrido no campo de Marlim, ambos na Bacia de Campos, reforça a hipótese de que ela seria, na verdade, a bacia original e não o inverso.

Sobre esta nova descoberta estima-se que o petróleo anterior seria aquele que teria vazado e atravessado o selante de sal para chegar à camada de pós-sal que é aquele mais próximo à linha d´água - e de menor profundidade e mais próximo ao continente - como se havia descoberto há 42 anos (1984) na bacia que na ocasião ganhou o nome de Campos, apesar de ser mais próximo de Macaé.

Esta hipótese (desconfiança) é antiga entre os geólogos que trabalharam e trabalham nas equipes de sondagem e estimativas sobre reservas de poços de petróleo no mar.

Se a hipótese se confirmar como tese, a ideia em relação à Bacia de Campos e às reservas de petróleo brasileira ganham ainda e muito mais relevância e podem reforçar também as interpretações geopolíticas que envolvem o Brasil, como temos insistido aqui no blog e em outros espaços de debates.

Hoje, a Bacia de Campos produz 1,6 milhão de barris por dia, ou 55% do total de 2,9 milhões de barris diários produzido no Brasil, pela Petrobras – cerca de 90% - e 10% somado da produção das demais empresas petroleiras.

No pré-sal de Albacora, a Petrobras já teria perfurado 5 poços. Foi nesta última perfuração que a estatal chegou a 4.600 metros de profundidade - concluída em junho último – e encontrou uma coluna de 45 metros de extensão e cerca de 500 metros de espessura, com "óleo leve de boa qualidade e com estimativa de vazão média de 15 mil barris".

A Petrobras está se organizando para fazer o primeiro Teste de Longa Duração (TLD) que é aquele que confirmam o volume das reservas que passam a ser denominadas de "provadas".
Assim, a Petrobras obedecendo a legislação já comunicou o feito à Agência Nacional de Petróleo (ANP). E empresa atesta que está é a maior das descobertas já feitas no pré-sal na Bacia de Campos tradicional reserva no pós-sal.

Outra grande notícia é que a descoberta no pré-sal do Albacora permitirá uma rápida preparação para a produção de petróleo, considerando que o campo já opera no pós-sal com duas plataformas.

A notícia ruim para os municípios da região, mas boa para todos os demais municípios brasileiros é que os royalties e as participações espaciais (PE) deste reservatório - no pré-sal do campo de Albacora - não reverterão em receitas - para estes municípios, antes chamados de produtores por estarem no litoral, na direção das projeções das paralelas e ortogonais dos extremos do continente rebatido sobre o mar, o ambiente offshore.

A maior comemoração deve estar sendo feita pelos controladores do Porto do Açu. Esta descoberta que deve orientar outras aumentam a potencialidade deste terminal portuário, já com base de apoio às explorações offshore montadas e com aumento paulatino de atuação.

Assim, o fato também expande o que tenho denominado em meus estudos do Circuito Espacial de Produção do Petróleo na direção de Macaé para SJB até o Açu. Veja mapa abaixo.> (acima)

Resta saber se a nova direção da Petrobras se interessará em produzir e alocar este novo ativo ao seu rol, ou se poderá entrega-los como fez com o campo de Carcará, também na reserva do Pré-sal, só que da Bacia de Santos, vendido recentemente à norueguesa estatal, Statoil. 

Assim, volto a insistir como fiz na postagem, ontem, sobre o assunto aqui no blog: a descoberta do pré-sal no litoral brasileiro já é a maior fronteira de petróleo da última década no mundo e deverá permanecer e ampliar por mais uma ou duas décadas. Entregar esta joia da coroa é mais que crime de lesa-pátria!


quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Preço do petróleo subirá, de hoje até 2018, se houver guerras entre poderosos... segundo especialistas em previsões / blog de Roberto Moraes


quarta-feira, janeiro 27, 2016

As previsões para o preço do petróleo até 2018 e o cuidado com a renovação das esperanças para um novo ciclo nos municípios da região

O Banco Mundial e o banco Goldman Sachs refizeram as previsões de preço do barril de petróleo, médio para este ano 2017 e 2018.

O primeiro estimou o preço médio para o 1º trimestre deste ano em US$ 29,25. Para se ter uma ideia a previsão anterior, para o preço médio de todo o ano era de US$ 51.

A previsão para o período de julho a setembro é subir para um valor entre US$ 38 e US$ 40. Assim, o valor médio do preço do barril ano seria US$ 36,25, equivalente a 27% menor do que a previsão anterior que era de US$ 51.

Para 2017, a estimativa de preço médio seria de US$ 54. Para 2018, a estimativa de preço médio é de US$ 67, já num novo ciclo.

Sem guerra entre os poderosos, preços acima de US$ 100 como ocorreu entre 2009-2014 não está na previsão de ninguém. 

Assim, o cinto continuará apertado nos municípios petrorrentistas, porque eles terão que viver com valores de receita equivalentes a este de agora do menor preço.

Isto acontecerá porque a ligeira folga de 2017 e 2018, seria consumida integralmente, pelos empréstimos feitos pelas prefeituras junto aos bancos, em 2015, e agora, em 2016.

Ou seja, há que se saber dos candidatos aos cargos eletivos a nível destes municípios da região, no pleito de outubro próximo, como pretendem caber dentro deste cinto já previamente apertado.

Este esforço não será uma tarefa simples, porque a busca da confiança do cidadão para representá-lo, costumeiramente, se pauta num ambiente de esperança e expectativas.

É no pleito e no contato direto que a democracia eleitoral oferece para que esta confiança e esperança sejam renovadas, mas há também que se ter o cuidado, para não enganar mais uma vez as pessoas, com promessas inexequíveis e incompatíveis, à dramática realidade a que se chegou nestas cidades, a despeito dos inúmeros alertas feitos, por parte da sociedade.

Há que se buscar coragem e determinação para enxergar as saídas, junto com quem mais precisa dos governos.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Licitação para linhas de ônibus intermunicipais no Estado do Rio gera desconfiança entre usuários e existe rumores de que os lotes já estejam divididos entre participantes / no blog de Roberto Moraes


segunda-feira, novembro 09, 2015

Linha de ônibus intermunicipais em licitação: 1001 problemas!

A decisão de obrigar a realização de licitação, para a concessão dos serviços de transporte público de ônibus intermunicipais não foi uma vontade do governo do estado, e sim, uma decisão judicial, a partir de um longo processo de Ação Civil Pública (ACP) movida do Ministério Público do Estado (MPE) contra o Executivo Estadual. Será a primeira vez que uma licitação para explorar este tipo de serviço é realizada pelo governo estadual.

Como parte deste processo a Secretaria de Estado de Transportes, através Detro (Departamento de Transportes Rodoviários), realizou nesta segunda-feira (9), no Sesi em Campos dos Goytacazes, uma Audiência Pública para debater licitação de ônibus intermunicipais. O evento começou às 14 horas.

No total serão realizadas 12 audiências públicas no estado, sendo que a de Campos é a quinta a ser realizada. As quatro primeiras aconteceram nos municípios de São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Volta Redonda.

Considero que a divulgação das audiências foi mal feita. Além disso, a exigência de cadastramento prévio das pessoas interessadas em participar, assim como a apresentação das questões reduz o espaço do cidadão ter acesso ao processo.

A licitação prevê a concessão por um período de 20 anos. Para a região de Campos esta licitação tem uma importante questão em jogo. Por interesses difíceis de serem explicados pelos sucessivos gestores do estado, a Viação 1001 possui o direito monopolístico de operar a maioria das linhas do interior de nosso estado. 

No caso da ligação Campos-Rio (ou vice-versa) a empresa é contemplada com a maior remuneração na relação entre o valor por quilômetro rodado do Brasil. O fato foi confirmado por diversas vezes, e de forma especial, em debates em comissões da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Chega ao cúmulo do valor Rio-Campos, ser maior que a da ligação interestadual com diversos municípios capixabas, em linhas operadas pela Viação Itapemirim, como já é sabido pela maioria das pessoas.

A qualidade dos serviços da empresa é muito ruim e é motivo de constantes reclamações dos usuários que se utilizam das redes sociais para exposição. O próprio blog chegou a manter uma seção com o título "1001 reclamações", onde as reclamações eram publicadas, em especial desde 2010. (Veja, aquiaquiaquiaqui,aquiaquiaqui, etc.). 

Numa desta postagens (aqui), uma leitora tinha levantado, em 2011, uma comparação com diversas linhas interestaduais com 50% mais de quilometragem, cuja tarifa era inferior ao do trajeto Campos-Rio, operado pela Viação 1001, desde a fusão do estado.

Evidente que os problemas não se restringem à Viação 1001, mas é certo que seu preço exorbitante se tornou um paradigma nacional, considerando inclusive, o fato da linha ser um monopólio violento, onde a tentativa de usar linhas interestaduais que passam pelo município, serem boicotadas, embora seja um direito.

É difícil crer que o processo licitatório possa trazer melhorias. Não tive tempo ainda de conhecer o edital em detalhes. Com a informação encima da hora, eu não tive condições de me cadastrar para participar da audiência pública nesta tarde, no Sesi em Campos.

Ainda assim, considero importante deixar este registro. Fato é que a crise financeira do estado fez com que o Detro e a Secretaria de Estado de Transportes, decidisse que o critério de decisão sobre a concessão, seja a outorga. Assim, a empresa que apresentar a maior proposta de outorga leva o direito de explorar por concessão, num prazo de mais 20 anos, as diversas linhas, divididas por lotes regionais. 

Desta forma, linhas disputadas como Campos-Rio, ou Campos-Macaé, Macaé-Rio e Rio-Cabo Frio continuarão a ser explorada por uma única empresa, em monopólio, onde o cidadão não poderá exercer a opção de escolha da empresa, ou mesmo, uma outra alternativa, como acontece entre Rio-SP, onde há a chamada "ponte rodoviária" em que os horários são compartilhados por diferentes empresas de ônibus.

A desconfiança é enorme no sentido de que os lotes já estão divididos e serão raras as mudanças, em relação à atualidade, tanto na qualidade quanto nos preços. Espera-se que o Ministério Público Estadual (MPE) e deputados estaduais interessados nos direitos dos cidadãos, possam acompanhar de perto este processo evitando os atuais absurdos. A conferir!

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Blog do Roberto Moraes: Receita própria de Campos em 2014 foi de apenas 7,6 do orçamento de 2014...

Blog do Roberto Moraes: Receita própria de Campos em 2014 foi de apenas 7,...: Nos estudos e pesquisas sobre a realidade da economia fluminense e seus municípios, este blogueiro teve acesso às informações fiscais, prest...


Nos estudos e pesquisas sobre a realidade da economia fluminense e seus municípios, este blogueiro teve acesso às informações fiscais, prestadas pela PMCG, à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e ao Tribunal de Conta do Estado (TCE-RJ). Elas indicam que o município de Campos do Goytacazes teve receitas próprias em 2014 de apenas R$ 188,1 milhões (7,6%) de um total orçamentário de R$ 2,458 bilhões.

É um percentual ainda muito pequeno diante do orçamento total, ainda majoritariamente atribuídos às participações governamentais dos royalties do petróleo (quotas mensais e Participações Espaciais -PE com quotas trimestrais) e, secundariamente, às outras transferências governamentais da União e do Estado.

Do total de impostos de R$ 240,1 milhões há que ser subtraído, contabilmente, a receita com o IRPF - Imposto de Renda Pessoa Física (no total de R$ 69,6 milhões), retido do pagamento dos trabalhadores que efetivamente não é receita da PMCG.

As principais receitas de impostos e taxas da PMCG em 2014 foram:
1) ISS - R$ 108,2 milhões;
2) IPTU - R$ 31,3 milhões;
3) ITBI - R$ 20,5 milhões;
4) Dívida Ativa + Multas - R$ 15,4 milhões;
5) Taxas diversas - R$ 12,7 milhões.


Além das receitas dos royalties de R$ 1.208,3 bilhão, mais a receita total de 185,7 milhões com impostos e taxas descritos acima, o município de Campos teve em 2014, ainda como receitas as principais transferências governamentais listadas abaixo:

1) Cota parte do ICMS - R$ 327,7 milhões;
2) Transferência da União - Fundeb - R$ 166,7 milhões;
3) Transferência da União SUS - R$ 145,8 milhões;
4) Cota Parte do FPM - R$ 51,5 milhões;
5) Transferência do FNDE - R$ 48,2 milhões;
6) Cota Parte do IPVA - R$ 29,4 milhões;
7) Cota Parte do IPI - Exp. R$ 8,8 milhões;
8) Transferência Estado - Saúde - R$ 5,1 milhões;
8) Conta Parte do ITR - R$ 0,2 milhões.


Como se vê o município de Campos, com quase 500 mil habitantes, continua vivendo quase que exclusivamente das receitas das transferências governamentais de diversos tipos. As maiores estão descritas acima. Em números aproximados pode-se distribuir a receita do município em três partes: Royalties (50%); Transferências Governamentais (42%) e Receitas Próprias (8%).

Como receita própria, há que se registar que o município de Campos dos Goytacazes melhorou a arrecadação com o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). Em 2014 ela foi de R$ 108,2 milhões e equivaleu a 57% da receita própria do município no total de R$ 188,1 milhões.

Este valor é cerca de seis vezes menor do que a receita de ISS de Macaé que em 2014 alcançou R$ 611,6 milhões. É certo que Macaé possui instalações de empresas da cadeia produtiva do petróleo. Porém, Niterói, com um orçamento total de R$ 1,7 bilhão, teve uma receita com ISS a quantia de 280,7 milhões, quase três vezes a receita obtida pelo município de Campos com o Imposto Sobre Serviços.
Enfim, o blog acredita que estes números (recentes e bem atualizados) possam contribuir com o debate sobre a origem das receitas que compõem o orçamento municipal em Campos, muito presa ao que chamo de Economia dos Royalties.

Conhecer esta realidade mais a fundo, neste momento em que há uma quebra de receita significativa, originada com a redução do preço do barril de petróleo, que possivelmente poderá ser agravada com a decisão do STF, no segundo semestre, suspendendo a liminar que mantém a atual regra de rateio dos royalties, pode nos dar uma dimensão ainda maior dos riscos com a assunção de dívidas.

PS.: Atualizado às 00:52 para pequenas correções e acréscimos.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Empresa francesa de construção de tubos submarinos vai reduzir produção no Porto do Açu


sábado, fevereiro 21, 2015


Technip planeja reduzir investimentos no Brasil

A empresa francesa Technip que recentemente começou sua produção de tubos submarinos flexíveis na unidade junto ao Porto do Açu informa sobre suas mudanças de estratégias. O Valor Online informou ontem que a Technip irá reduzir investimentos, em relação aos EU$ 314 milhões que colocou em seus negócios no Brasil em 2014.
Fábrica da Technip no Porto do Açu
Os motivos seriam a contenção dos gastos de clientes em função da redução do preço dos barril de petróleo. Representantes da empresa disseram que "desde julho de 2014, o mercado de serviços para petróleo e gás enfrenta ventos desfavoráveis, com clientes controlando investimentos e negociando de forma cada vez mais agressiva alterações de valores e recebíveis de projetos, ao mesmo tempo em que competidores oferecem preços açuirracionalmente baixos".

O blog teve informações que o ritmo da produção na fábrica do Açu se reduziu e ainda que a Technip estaria com recebimento de faturas atrasadas junto a clientes.