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domingo, 30 de abril de 2017

Recomendo... Tem assuntos que você crê ; outros que você desconfia deles ; assuntos que perderam sua confiança ; ideias que nunca avaliou... E o conjunto de observações pode enriquecer suas convicções e até diminuir seus preconceitos

http://pedrotornaghi.com.br/blogger/?page_id=1224

Meditação e Lembrança

Meditação e Lembrança

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Pedro Tornaghi

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Meditação e memória são parentes íntimos, uma vez que meditar, em última análise, é recuperar o estado de espírito e de consciência originais da pessoa, esquecido e soterrado sob escombros de milênios de experiências mal digeridas. O estado meditativo é algo de que já fomos íntimos e que permanece gravado em nossa memória celular. Essa “lembrança” se dá em três níveis: o pessoal, o coletivo e o universal.

sexta-feira, 20 de março de 2015

"Reveillon Astrológico..." // Pedro Tornaghi


Reveillon Astrológico

Pedro Tornaghi


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Todo ano, no dia 20 de março o Sol passa do Hemisfério Sul para o Norte. No momento dessa travessia algo curioso acontece, a linha que liga a Terra ao Sol fica perpendicular ao eixo de ambos os astros. Isso só ocorre duas vezes ao  ano, no primeiro dia da primavera e do outono. Linha perpendicular significa um ângulo reto e ângulos retos, na astrologia, são vistos como um provocar mútuo entre energias, uma desestabilização do que estava acomodado, um atiçar mútuo, um colocar em movimento o que estava adormecido, um trazer à percepção o que estava inconsciente, um trazer à tona o que descansava sob o solo ou sob profundezas.

Pode-se considerar que os dias 20 de março e dia 23 de setembro são dias em que o Sol provoca um despertar de energias adormecidas na Terra, um trazer à superfície processos que já tinham vida sob o solo. Por essa razão, dia 20 de março sempre foi considerado por astrólogos o início do ano. E foi assim para muitos povos por toda a história.

Podemos perguntar, se há dois dias por ano em que esse fenômeno ocorre, por que o ano começaria em 20 de março e não em 23 de setembro. Há pelo menos duas razões conhecidas, a primeira parece mais fácil de ser entendida ou até mesmo imaginada. Vinte de março é o início da primavera no Hemisfério Norte e nossa cultura de livros vem de lá, após o inverno rigoroso começa um ciclo de produção da lavoura, as plantinhas fazem a necessária força para atravessar a neve enrijecida e um novo ciclo de vida se estabelece.

A segunda razão é a da sabedoria astrológica dos sacerdotes e eruditos que orientavam a cultura dos povos antigos. Nosso planeta é constituído de um hemisfério onde predomina a presença da água e outro a da pedra. A água está simbolicamente para o inconsciente como a pedra para o consciente, a água está para a subjetividade como a pedra para a concretização. Assim, a passagem do Sol do Hemisfério Sul para o Norte simboliza um passar de dentro para fora, do inconsciente para o consciente, do projeto para sua concretização. Assim como quando um bebê sai do escuro útero materno, onde vivia envolvido em líquido, para o mundo reluzente e seco de fora dele; a criança sai de uma situação onde não havia noção de limites entre ela e o Universo, para uma nova onde limites começam a se apresentar e impor. Nunca se sabe onde começa um pingo de água e começa outro dentro do oceano, mas uma pedra deixa sempre claro o tamanho que possui.

De qualquer maneira, nos dois dias em que o Sol muda de hemisfério, há um provocar do Sol sobre a Terra, uma provocação de um novo ciclo, o Sol provoca o brotar de espirais que surgem de sob o solo e estimulam o crescimento em direção à luz. Mas, se dia 20 de março esse “plus” de energia se dá para assuntos objetivos, em 23 de setembro os espirais que surgem da água dão início a ciclos muito mais difíceis de serem identificados e mensurados, eles estimulam o início de ciclos de reflexão psíquica, mais que de produção objetiva. É momento mais propício para se contemplar do que para fazer.

Assim, dia 20 de março pode ser um bom momento para, afinados ao ciclo do planeta, refletirmos sobre o que aconteceu no ano anterior, o que desejamos deixar para trás e o que queremos iniciar de projetos inéditos. E, de se prestar atenção para que novos sentidos são naturalmente apontados para nossas vidas e a de nossos amigos.

Por isso a páscoa acontece nessa época, ela é celebrada na primeira lua cheia após a mudança de hemisfério pelo Sol, somando assim duas forças da natureza, a energia dos dois grandes luminares do céu, Sol e Lua para se celebrar o início de um novo ciclo. E, cada um de nós pode fazer e criar seus rituais particulares para aproveitar da melhor maneira essa passagem. O primeiro passo é fazer algo que o sintonize à natureza. Tanto à natureza externa, quanto à externa. Com relação à natureza externa, você pode se beneficiar se separar o dia ou uma parte dele para uma visita ao mar ou a uma beira de rio e escutá-los, conversar com eles, confidenciar-se. E, principalmente senti-los, “escutá-los”. Sem pressa. Ou talvez sentar-se com as costas apoiadas em uma árvore e simplesmente deixar que os olhos se alimentem do verde à sua volta. Depois de duas horas, quando você se levantar, se sentirá mais harmônico e estará com seus ciclos orgânicos mais afinados aos ritmos naturais. Estará mais saudável e inclinado à felicidade.

Para conectar-se à sua natureza interna, você pode dedicar uma hora desse dia à meditação. Dê preferência a uma técnica nova, uma que você nunca tenha experimentado e abra-se a ela, entregue toda a sua sensibilidade a esse momento. E, procure ficar próximo ao seu sentimento, procure prestar atenção ao que quer que estiver sentindo, antes que esse sentimento se transforme em pensamento, e, quando se transformar em pensamento, volte sua atenção para o novo sentir. Dando uma chance a essas duas experiências, você com certeza terá contribuído para um ano mais feliz, próspero e realizador. O resto, é celebrar!
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