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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Bonita e delicada homenagem de amigo para amigo! Texto fervoroso para alçar o substantivo amizade/ Joca Muylaert

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Enquanto aguardo a ressurreição...


É claro que ao longo da vida várias reportagens jornalísticas me emocionaram. Até porque já se vão bem mais que 50. Mas confesso não esperava que uma nota com tão poucas palavras pudesse me entristecer. Foi como ler o falecimento da minha própria esperança. Uma esperança edificada na consolidação das lutas por uma sociedade mais justa e igual. Uma esperança espelhada na convicção pura dos homens e mulheres que tratam e trataram a vida como o maior patrimônio do planeta. Uma esperança forjada nos ensinamentos de que o bom trato com este mesmo planeta seria a garantia da responsabilidade do respirar livre dos que hão de vir. É triste ler numa pequena nota que a sua própria esperança morreu. É como se o nosso corpo perdesse os sentidos e começasse a viver sem alma. Sem essência. Sem porquê.
Na segunda-feira tive um dia de atividades no Rio que abasteciam, como há anos, a mesma esperança. Resolvi sair de Campos no domingo mais cedo para passar algumas horas em Niterói com um amigo que, com a  companhia indesejável de uma leucemia, briga intensamente para se ver livre dela. E fala como um vencedor: "Estou fodendo com ela. Minhas taxas estão ótimas!" E vibra como um Napoleão vitorioso. Emocionante. Como em qualquer batalha, a disposição pela conquista não é fácil. Remédios fortes que mudam o metabolismo e te jogam para baixo, suplementos alimentares, caminhar cansado, porém insistente, para não definhar os músculos e perder o tônus, vitamina mista que mistura de tudo no lugar do tão querido uísque que sempre lhe acompanhou nas mesas de histórias, causos, lembranças, gargalhadas e muita vida. Dormimos por ali mesmo. Eu e um outro amigo que não o conhecia e se disse triste por não tê-lo conhecido antes. Mas tenho a certeza de que se encontrarão outras vezes. Muitas vezes.
Como ainda não sabemos ainda o porvir, conversamos até as duas da madrugada, eu e meu amigo com um bom escoti acompanhado de petiscos. Ele se contentava em tomar sorvete. Mas tínhamos de estar no Rio bem cedo. Às 7 nosso anfitrião já nos acordava com sua ressaca de sorvete e uma bela mesa posta.
O Rio, talvez por ter sido o primeiro dia — julgo — da mudança no trânsito, estava um caos. Estresse coletivo expressado na gritaria permanente das buzinas. Nas ruas, o grito de junho era materializado. Os trens ineficientes. Os ônibus sobrecarregados e nervosos. O metrô entupido e com galerias que pareciam invejar os micro-ondas. Ao passar por três hospitais, era possível perceber as aglomerações em busca de atendimento. Mas as ruas, estas transpareciam uma limpeza de saltar aos olhos — pelo menos na área central a lei parece estar funcionando.
A sensação de insegurança era despertada em mim e no meu amigo a cada barulho diferente. Uma descarga da moto que explodia nos causava espanto. Assim como o abaixar de uma porta de correr de aço sendo aberta. O que valeu do meu amigo um comentário: Em Campos absorveríamos apenas como a explosão de uma descarga de moto e uma porta de aço sendo aberta. Verdade. O medo da violência está latente pelo Rio. O mesmo Rio que aprendi a amar, que me deu filhos, experiência, amizades e muita poesia nos anos em que por lá vivi. A mesma saudade do interior de antigamente. Há anos o percebo vítima dos desgovernos que o querem apenas como instrumento de projetos pessoais. Das disputas só por disputar a sua alma. Eta políticos sem alma!!!
E a nota jornalística que me entristeceu? Sim, está assinada pelo Felipe Patury, na edição desta semana da revista Época:


Peladão na Paraíba: Gabeira posa 

com fãs em praia de nudismo

domingo, 14 de julho de 2013

Um menino feliz e inteligente distribui felicidade em ambiente pobre... // William Kamkwamba

Do blog Carraspana Campista em 12/07/2013

Garoto de 14 anos cria moinho de vento para levar energia elétrica à sua família

Moinho foi criado por William com sucata encontrada pela cidade. (Foto: Divulgação)


Morador do povoado de Kasungo, no Malawi, um jovem de apenas 14 anos decidiu ajudar sua família e comunidade. Sem eletricidade no local, William Kamkwamba decidiu construir com as próprias mãos um moinho de vento para gerar eletricidade, provando que força de vontade é a base para vencer qualquer desafio. 

Em 2001 uma forte seca atingiu o país, deixando quase 10 mil mortos pela fome. Sem dinheiro para manter a colheita e alimentar seus sete filhos e esposa, o pai de William foi obrigado a tirar seu filho da escola para economizar. Diante disso, o jovem decidiu ir para a biblioteca da cidade e estudar por conta própria. 

O jovem encontrou uma bateria de carro e conseguiu manter lâmpadas e rádios ligados. (Foto: Divulgação)

Ao se deparar com um livro em inglês especializado em energia sustentável, William, mesmo sem entender o idioma, se baseou nas figuras e nos diagramas para montar um moinho. Seguindo apenas instruções básicas, já que ele não possuia os recursos necessários para montar um igual ao da publicação, William encontrou pedaços de lixo pela rua e em moinhos, adaptando o projeto às suas necessidades. 

Outros moinhos foram criados para aumentar a produção de energia. (Foto: Divulgação)

Após um tempo de funcionamento e gerando eletricidade somente para a sua casa, o jovem começou a chamar atenção de instituições e recebeu ajuda para promover melhorias no equipamento. A história chegou a um jornal local e rapidamente se espalhou, colocando o nome de William em palestras sobre desenvolvimento sustentável pelo mundo. 

Sistema de bombeamento de água também foi levado para a comunidade. (Foto: Divulgação)

Com a ajuda da comunidade internacional, o jovem, então com 19 anos e estudante da African Leadership Academy, já havia criado até um sistema de bombeamento de água através da captação de energia solar ao lado dos novos moinhos de vento, auxiliando as colheitas do local.
 Formado em 2010 na instituição, se 

matriculou na Universidade de Dortmouth, 

nos Estados Unidos, onde estuda atualmente.
-yahoo notícias - 

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Trabalhar com verdade é perigoso....


quinta-feira, 18 de abril de 2013


Jornalista pode ter sido demitido por perseguição política.

LUIZ GONZAGA NETO - INTER-TV/REDE GLOBO - CAMPOS DOS GOYTACAZES

QUINTA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2013


AIC repudia demissão de jornalista da Inter TV


A Associação de Imprensa Campista repudia com veemência a demissão do jornalista Luiz Gonzaga Neto, que até a última terça-feira (16/04/13) respondia pela edição e apresentação da edição noturna jornal local da Inter TV e trabalhava há quatro anos na empresa.

Há consistentes evidências de que a demissão foi motivada pela veiculação de matéria que mostrou o fato de a Prefeitura de Campos dos Goytacazes adquirir de uma empresa privada, por meio de licitação, materiais didáticos que são oferecidos pelo Ministério da Educação (MEC).

Antes mesmo de a matéria ter ido para o ar, na noite da segunda-feira (15/04/13), houve reunião entre representantes da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Campos e a direção da Inter TV, onde a pauta foi discutida, sem a presença do jornalista.

No dia seguinte à exibição, na terça-feira (16/04/13), outra reunião entre a direção da TV e a Secom de Campos foi realizada, também sem a presença do jornalista. Na edição da noite da própria terça-feira, uma longa nota de resposta feita pela Secom foi lida pelo apresentador, que, em seguida, fez o comentário editorial de que, em resumo, o material escolar era fornecido pelo MEC, mas a Prefeitura de Campos havia escolhido fornecer outro de melhor qualidade aos alunos da rede pública.

Na quarta-feira (17/04/13), o jornalista foi demitido, sem nenhuma justificativa formal por parte da empresa.

A Associação de Imprensa Campista vai enviar ofícios para a direção da Inter TV e para a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Campos dos Goytacazes para cobrar explicações sobre a demissão.

Na tarde de hoje, os VTs com a matéria e a nota de resposta da Prefeitura de Campos não estavam mais disponíveis no Portal G1.

A AIC entende que veículos de comunicação que prezam pela prática de um jornalismo de qualidade não podem se dobrar diante de pressões de fontes que são alvos de denúncias, muito especialmente quando estas fontes são do poder público. O papel de cobrar, e até mesmo a liberdade de opinar, são garantias constitucionais inegociáveis.

A entidade manifesta ainda toda a sua solidariedade ao jornalista Luiz de Gonzaga Neto e se coloca à disposição da categoria e da sociedade para prosseguir no debate e no acompanhamento deste caso.

Campos dos Goytacazes, 18 de Abril de 2013

Diretoria da AIC

sábado, 7 de janeiro de 2012

Do blog Carraspana Campista/ Sergio Escovedo/ Vilmar Rangel


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Vilmar Rangel, poeta maior



Sérgio Escovedo

Cometi uma injustiça com Vilmar Rangel e espero que haja tempo de me redimir. Em 2001, quando VR lançou Alumbramento,prometi fazer uma crítica do livro, no meu jornal A Cidade. Mas eu estava tão envolvido com questões jornalísticas, tão desorientado em relação à cultura e  pessimista em relação ao futuro dessa linguagem, que li e reli o livro com má-vontade, com olhos de jornalista e ao invés de ver e sentir a beleza, a perfeição dos seus versos, fui movido pelo preconceito e passei a descobrir erros, como um revisor mal-humorado, como um aleijado que detesta o balé Bolshoi, se é que fui claro. Li rapidamente os poemas, não deixei fluir meu sexto sentido, não me extasiei diante da beleza. Como diria um Hermes Trimegisto do século dos computadores, não consegui separar o sutil do espesso e não fui em busca da pedra filosofal desse poeta maravilhoso.
Questões pessoais podem ter interferido. Vilmar é  um velho conhecido, mas procurou seguir – com brilhantismo – a carreira de publicitário e relações públicas. Na minha juventude de escritor engajado, achei essas funções meras purpurinas, coisas fúteis que não devem interessar ao poeta. Fui preconceituoso, pois é possível transmutar o metal mais bruto na jóia mais delicada e fui ignorante, porque  desconhecia o valor dessas profissões.
Passados dez anos, peço permissão às Musas para dar meu testemunho e, graças à humildade, ser perdoado  por um erro grosseiro. Alumbramento é um livro fascinante e nele há poemas de beleza incomparável, frutos de um lento e precioso trabalho de artífice, do Miglior Fabbro da produção poética aparecida em Campos no século XX. Sou avesso a comparações, mas não resisto a afirmar que Prata Tavares é muitíssimo primário em relação a VR. Prata era muito limitado intelectualmente, um poeta de fortes inspirações, mas que praticava o voo de galinha. Fazia um belo poema para depois escrever cinco banalidades. Osório Peixoto escreveu bons poemas, mas também era limitado intelectualmente e confundia a poesia com o panfletarismo que os tempos reclamavam. Vilmar é perfeito em cada peça de ourivessaria poética, como um Pascal que polisse lentes ou um empalhador da beleza de uma ave do paraíso há muito tempo extinta, cujas cores foi buscar no arco-iris de sua imaginação prodigiosa.  Outros poetas não quero citar, para não ser mais injusto ainda – e dos novos, nem é bom falar. Alguns que venceram concursos de poesia falada mal sabem falar português e confundem pantomima com a quinta essência da palavra escrita. São divertidos, mas como jograis, bobos da corte que encantam platéias jovens, rudes, quase iletradas – e poesia é para os cultores da língua, para os alquimistas que trabalham cada verso, como um rubi, para engastá-lo num verso. Vilmar é este paciente homem literário, perfeccionista ao cúmulo, verdadeiro apanágio da busca da forma perfeita. E todos sabem que poesia é forma, pois todos os conteúdos já foram utilizados, dado que a essência humana não mudou muito desde Homero.
Alumbramento traz um poema que considero uma das criações mais deslumbrantes da poesia do século XX. Refiro-me a Urgência(págs.69/70)  cujos versos acertam o alvo com precisão. É um poema filosófico do mais alto nível, só comparável, na minha opinião, a peças de Hölderlin, Rilke, Drummond, Murilo Mendes, Emily Dickson e outros bem conhecidos pelos poetas, que não vale a pena citar pois os não-iniciados nada entenderiam. Conhecimento é referência, e quem não conhece Goethe não pode compará-lo com Novalis, por exemplo. Não vou encher o saco do leitor com a reprodução do poema. Comprem o livro, ajudem a financiar a cultura e leiam o livro todo, porque vale a pena. Palavra de poeta, leitor, crítico literário por muitos anos (hoje não tenho mais paciência para isso). Os versos que vou destacar já dizem tudo, são síntese de um labor poético do mais alto nível, são nitroglicerina, versos-bomba que explodem os quartéis dos reacionários e dos conformados ( e o mundo está cheio deles).
 Os versos são:  “Quero verdades/me dão metades/meu prazo é o tempo da rosa”. É como  se Omar Khayam se transfigurasse no século XX num homem moderno e mostrasse ao mundo  que a poesia é imortal e fere os que duvidam do poder das palavras. Magnífico é o mínimo que eu afirmo. Aproveito para  me desculpar com Vilmar Rangel, mas acho que ainda é tempo de reparar um erro crasso que cometi por preguiça ou negligência. Alumbrem-se todos com este livro fantástico!