Presidente da Fifa diz que os membros da entidade convenceram o governo brasileiro a utilizar 12 estádios no Mundial
O desejo do governo brasileiro não era ter 12 estádios na Copa do Mundo. Segundo o presidente da Fifa, Joseph Blatter, foi proposto pelo país sede a utilização de 17 durante a competição mundial. O cartola revela que a entidade máxima do futebol comunicou à CBF que bastariam de oito a dez estádios, mas o então presidente Luís Inácio Lula da Silva pediu para incluir capitais como Manaus, Cuiabá e Natal.
Depois de algumas reuniões, o governo brasileiro recebeu o apoio do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e convenceu a Fifa da viabilidade dos 12 estádios. 
"No início, eles queriam construir 17 estádios. Mas os convencemos a reduzir o número para 12", comentou Blatter. "Não foi uma decisão da Fifa jogar em Manaus, por exemplo, foi do Brasil", completou em entrevista ao jornal suíço “Le Temps”.
Questionado sobre a falta de campeonatos fortes em Manaus, o presidente da Fifa afirmou que as autoridades brasileiras garantiram que, depois da Copa, o estádio será utilizado para outras atividades. "Ele não será um elefante branco", opinou. 
Blatter também esclareceu que a temperatura em Manaus não o preocupa, apesar de o sindicato de atletas ter até mesmo entrado na Justiça contra os horários dos jogos. 
"Os jogadores profissionais jogam no frio, na neve, em todas as condições. Não será a umidade que os vai afetar", disse.
Para a Copa do Mundo deste ano, serão 12 cidades-sede: Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Recife (PE) e Salvador (BA). Além das 12 escolhidas, outras seis cidades participaram da disputa para sediar a competição: Rio Branco (AC), Belém (PA), Maceió (AL), Goiânia (GO), Florianópolis (SC) e Campo Grande (MS).