terça-feira, 4 de novembro de 2014

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03/11/2014
 às 16:14 \ Opinião

Quatro notas de Carlos Brickmann

Publicado na coluna de Carlos Brickmann
Filosofando
Quem não conhece o passado está condenado a repeti-lo, dizia o pensador George Santayana.
O Brasil conhece o passado: Collor acusou Lula de querer confiscar a poupança, ganhou a eleição e quem a confiscou foi ele. A história acontece como tragédia e se repete como farsa, dizia o pensador Karl Marx. O Brasil vive o pior dos mundos: conhece o passado e o repete; e a farsa é trágica.

Fim de feira
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, PMDB, que promete morar em Miami tão logo entregue o cargo, daqui a dois meses, enviou à Assembléia mensagem solicitando que seja aprovada uma Lei de Transparência. Detalhe: valeria apenas para o próximo Governo.
Transparência boa, só no Governo dos outros.
Sem medo de ser feliz
A Medida Provisória 651, enviada pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso, tem como objetivo dar fôlego ao mercado de capitais. Mas embute alguns contrabandos, ali postos para passar despercebidos: um, por exemplo, isenta as empresas aéreas de Imposto de Renda, CSLL, PIS, Pasep e Cofins sobre passagens compradas com cartões corporativos.
E quem vai pagar a conta? Adivinhou, caro leitor! O IOF de quem compra dólares para viajar passa de 0,38% para 6,38%. E os altos funcionários federais ficam livres para comprar passagens com cartões corporativos (aqueles em que os gastos são mantidos em segredo).
Olho por olho
A Itália impôs ao Brasil uma dura derrota diplomática: recusou-se a extraditar o mensaleiro Henrique Pizzolato, que tem dupla nacionalidade e fugiu do Brasil usando os documentos de um irmão falecido. A decisão é humilhante: informa que Pizzolato não pode ser extraditado porque, no Brasil, as prisões são de péssima qualidade e não têm condições de abrigar convenientemente os condenados.
Há quem diga que a Justiça italiana se vingou da decisão brasileira de não lhe entregar Césare Battisti, condenado por homicídio e salvo por decisão pessoal do presidente Lula.
Se foi isso, erraram: Pizzolato voltar ao Brasil, sabendo o que sabe, com tanta gente querendo ouvi-lo, seria um fardo terrível para o Governo.

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