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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Barbaridade... e na escola / Gilberto Dimenstein

gilberto dimenstein

 

07/10/2013 - 08h16

Cegos e idiotas

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A repórter Cláudia Collucci, da Folha, conta hoje a história de um menino chamado Mikael, de 9 anos, que era debochado pelos colegas na escola - e, diariamente, se sentia humilhado.
A história mostra como o Brasil está cego para um problema tão grave. E tão simples de resolver.
Ele era debochado porque não conseguia ler. A humilhação era maior quando, chamado à lousa, ficava inerte. Achavam que ela tinha problemas mentais.
Isso, óbvio, deixa marcas para o resto da vida. Até porque Mikael é um sério candidato a repetir o ano. Não conseguia consulta na rede pública.
A solução, porém, veio em poucos minutos. Ele conseguiu ser atendido num projeto de médicos voluntários, chamado Horas da Vida - médicos doam algumas horas por mês.
O garoto saiu de lá enxergando. O candidato a uma vida marginal agora candidata-se a ser um trabalhador produtivo.
O problema mental não é dele. Mas nosso.
Insisto aqui que uma enorme idiotice e cegueira brasileira é não oferecer tratamento médico nas escolas, onde há milhões ( não exagero, milhões) de garotas e garotas como Mikael, com problemas simples de saúde e que afetam dramaticamente a aprendizagem.
*
Aliás, se você for médico e quiser doar uma hora por mês e mudar o destino de garotos como Mikael, clique aqui
Danilo Verpa/Folhapress
Mikael Henrique alvez, 9, tem miopia e ganhou óculos no projeto Horas da Vida
Mikael Henrique alvez, 9, tem miopia e ganhou óculos no projeto Horas da Vida
Gilberto Dimenstein
Gilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.

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